Última atualização em 2 de maio de 2025

O termo ESG — sigla para Environmental, Social and Governance (a tradução literal seria algo como Ambiente, Social e Administração)  — vem se consolidando como um norte estratégico para empresas comprometidas com a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa. 

Dentro desses três pilares, o “S” de Social ganhou destaque especial nos últimos anos, refletindo a crescente exigência de que as organizações cuidem, de maneira genuína, das pessoas que fazem parte delas. Principalmente em um cenário em que entre 2012 e 2022, os afastamentos por transtornos mentais no Brasil cresceram mais de 30%.

E quando falamos de pessoas, a saúde mental dos colaboradores se torna um componente essencial dessa equação.

Hoje, no blog da Telavita, vamos te mostrar por que a saúde mental é parte estratégica do pilar Social do ESG. Além disso, vamos entender juntos como os profissionais de Recursos Humanos (RH) e Saúde e Segurança do Trabalho (SST) podem atuar para integrar práticas eficazes de gestão emocional às iniciativas de sustentabilidade social.

Por que a saúde mental é central no “S” de ESG?

A pressão para que as empresas assumam responsabilidade sobre o bem-estar de seus colaboradores vem de todas as direções: investidores atentos, clientes mais conscientes e uma sociedade que valoriza ambientes de trabalho saudáveis e humanos. 

Hoje, práticas que não priorizam a saúde emocional estão cada vez mais sendo vistas como riscos para a reputação e para a longevidade dos negócios.

Demonstrar um cuidado genuíno com o bem-estar mental não é apenas uma ação ética — é uma estratégia de competitividade. Colaboradores emocionalmente saudáveis são mais produtivos, inovadores e engajados. 

Além disso, programas consistentes de apoio emocional impactam diretamente na retenção de talentos e reduzem custos com afastamentos e turnover, fatores que também interessam diretamente a investidores que analisam a sustentabilidade social das empresas.

O papel do RH e do SST para integrar saúde emocional nas práticas de ESG

RH e SST possuem funções complementares e essenciais na hora de cuidar da saúde emocional dos colaboradores.

Enquanto o RH pode estruturar políticas de promoção da saúde mental e bem-estar, o SST atua na identificação, prevenção e mitigação dos riscos psicossociais. Juntos, podem criar uma cultura organizacional que valorize e proteja a saúde emocional dos colaboradores.

Algumas práticas que podem ser implementadas incluem:

  • Ações de escuta ativa: pesquisas de clima organizacional, grupos de discussão e canais anônimos de feedback emocional.
  • Promoção da segurança psicológica: treinamento de líderes para desenvolver ambientes onde as pessoas se sintam seguras para falar, errar e sugerir.
  • Programas de apoio psicológico: convênios com psicólogos, suporte emocional online e campanhas de conscientização sobre saúde mental.
  • Inclusão de ergonomia psicossocial nos documentos de GRO/PGR: considerar fatores de carga mental, estresse organizacional e exaustão emocional como riscos reais no ambiente de trabalho.

RH e SST, portanto, não apenas reagem a problemas, mas se tornam agentes proativos de transformação social dentro da empresa.

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Indicadores de saúde mental no ESG: o que e como medir

Para que as ações de saúde mental sejam reconhecidas e valorizadas nos relatórios ESG, é necessário medir e reportar dados de forma objetiva. Alguns exemplos de indicadores que podem ser acompanhados incluem:

  • Absenteísmo por causas emocionais: monitorar afastamentos relacionados a transtornos mentais e emocionais.
  • Índice de engajamento: medir o sentimento de pertencimento, satisfação e propósito dos colaboradores.
  • Taxa de turnover por burnout: identificar se o esgotamento emocional está impactando a rotatividade da equipe.
  • Participação em programas de bem-estar: acompanhar a adesão a programas e eventos relacionados à saúde mental.

Esses dados devem ser integrados aos relatórios de sustentabilidade da empresa, mostrando de forma transparente como a organização investe em seu capital humano e se posiciona frente às demandas de responsabilidade social.

Conclusão

A saúde mental deixou de ser apenas um tema interno de RH e SST: hoje ela representa um diferencial competitivo.

Incorporar a gestão da saúde emocional é essencial para empresas que desejam construir um futuro mais sustentável, humano e resiliente. 

Mais do que um dever, é uma oportunidade de protagonismo para RH e SST, que têm nas mãos o poder de moldar organizações mais saudáveis e alinhadas às expectativas da sociedade contemporânea.

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