A autoestima feminina vai além da experiência individual de cada mulher, refletindo questões profundas de igualdade, justiça e empoderamento. Historicamente, as mulheres têm sido submetidas a padrões irreais de beleza, comportamento e sucesso, resultando em um ciclo de autojulgamento e auto exigência.

No entanto, é importante reconhecer que a construção da autoestima está relacionada com experiências passadas e com a forma como fomos tratados na infância, mas também é um processo contínuo e mutável. Isso nos dá a oportunidade de aprimorar essa percepção pessoal. E para nós mulheres isso nunca foi fácil.

O que é a autoestima?

Entendemos como autoestima a avaliação e percepção que uma pessoa tem de si mesma, sendo a forma como ela se enxerga, se valoriza e se respeita. Entretanto, uma alta autoestima geralmente está associada à confiança, à capacidade de se auto afirmar e de enfrentar desafios.

Já a baixa autoestima está associada à insegurança, falta de confiança e auto imagem negativa. Logo, este fenômeno é influenciado por experiências pessoais, interações sociais e padrões culturais. Sendo assim, é algo fundamental para o nosso bem-estar emocional e qualidade de vida. 

Nesse sentido, a jornada em direção a uma autoestima mais robusta é um investimento inestimável. Isso pois, em nós mesmas, proporciona não apenas uma sensação de valor próprio, mas também uma base sólida para o crescimento e realização pessoal.

A autoestima feminina em questão

De acordo com uma pesquisa global conduzida pela Dove em 2019, 60% das mulheres em todo o mundo relataram evitar atividades importantes devido à insegurança sobre sua aparência. Além disso, a mesma pesquisa revelou que 8 em cada 10 mulheres experimentam momentos em que não se sentem bem em relação à própria imagem corporal.

Uma revisão de estudos conduzida por Neff e Suizzo (2006) constatou que, em média, as mulheres têm uma autoestima ligeiramente mais baixa do que os homens. Isso pois, o  sexismo estrutural e as desigualdades de gênero podem minar a autoestima das mulheres. 

Todavia, a discriminação baseada no gênero pode levar as mulheres a internalizar mensagens negativas sobre seu valor e capacidade, resultando em uma autoimagem prejudicada.

Evoluímos e ainda podemos evoluir

No entanto, nos últimos anos, o mundo passou por uma série de mudanças contínuas e transformadoras. Estas mudanças abrangem não apenas avanços tecnológicos, mas também transformações sociais e no mundo do trabalho, que eram inimagináveis há algumas décadas atrás. 

Antes, as pessoas evitavam discutir certas ideias e muitos sonhos pareciam fadados ao esquecimento. Hoje, embora o mundo ainda enfrente desafios, certos progressos nos permitiram pelo menos ser mais autênticos.

Agora é possível priorizar, dedicar atenção e carinho a nós mesmas, sentindo orgulho de quem somos e do que fazemos, investindo nossos talentos e vivendo de acordo com nossos próprios valores, assim reescrevendo nossa própria história.

As causas da baixa autoestima feminina

As causas da baixa autoestima feminina muitas vezes estão enraizadas nas experiências que vivemos. Frequentemente, a maneira como nos enxergamos é moldada pelos olhares e julgamentos alheios, em vez de ser reflexo de nosso próprio conceito de nós mesmas.

Por essa razão, a autenticidade e a conexão com nossos valores e princípios se tornam aspectos essenciais para elevar nossa autoestima e nos permitir viver de maneira mais plena e satisfatória. 

Além disso, é crucial alterar a maneira como nos tratamos, adotando uma postura mais gentil e compassiva conosco, enquanto buscamos compreender as mensagens subjacentes às nossas emoções mais desafiadoras.

Como se amar mais?

Para aprender a se amar mais, considerar a terapia e investir no autoconhecimento são abordagens eficazes que podem promover uma mudança significativa na relação consigo mesma. É fundamental lembrar que todos nós somos seres em constante evolução, e, portanto, você, como qualquer outro, merece cuidar de com amor e compaixão.

Nesse processo, é essencial olhar para si mesma com compaixão e buscar compreender como a baixa autoestima pode influenciar negativamente as decisões que tomamos, nossa autoimagem e nossos relacionamentos com o mundo ao nosso redor.

Além disso, reconhecer que temos dentro de nós diversos papéis, como o de mãe, amiga, namorada, entre outros, nos permite exercer o papel de adulta ao nos ouvirmos, nos entendermos e nos oferecermos amor e apoio.

Podemos ir além e nos incentivar a buscar um futuro diferente do que temos nos permitido até então. Fazer um compromisso consigo mesma e considerar o autoconhecimento, incluindo a possibilidade da psicoterapia, pode ser um passo transformador.

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