Desde criança aprendemos a lidar com decepções e frustrações, afinal, elas fazem parte de todas as fases da vida e nos ajudam a crescer com consciência e limites. Se lembra daquele seu brinquedo favorito que quebrou? Ou da vez em que perdeu o jogo de futebol? E até da vez que a(o) menina(o) que você gostava não te deu bola? Pois é, saber lidar com essas frustrações é uma das maiores provas de que você cresceu não só em tamanho, mas também em controle e inteligência emocional.

Administrar emoções não é tarefa fácil, afinal, vivemos cercados por situações adversas, gatilhos e momentos ruins. No animação Divertida Mente, da Disney-Pixar, as emoções são personificadas em pequenas criaturinhas dentro da mente da garotinha Riley. A Alegria, Tristeza, Raiva, Nojinho e o Medo, são os responsáveis pela sala de controle de tudo o que acontece à menina.

O que significa “emoção” na psicologia? A Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (SBie) define “emoção” como a “responsável por gerar respostas e comportamentos que garantam a sobrevivência de uma pessoa diante de um estímulo externo, de modo proteger ou impulsionar o indivíduo para a realização de algo, as emoções fazem parte da vida humana.” E, na Sala de Controle, as 5 emoções tomam conta dessas respostas aos estímulos externos que Riley recebe.

O que Divertida Mente ensina sobre as emoções? Confira aqui!

Mas o filme realmente se destaca pela poderosa lição que passa: a vida não é feita somente por momentos bons. Sem tristeza, frustração e decepção, não conseguimos enxergar a alegria. Essas emoções negativas nos ajudam a moldar quem somos e como reagimos às situações. Ela nos permite extravasar quando algo não está certo e é crucial no desenvolvimento da maturidade. E quem consegue atravessar tormentas, se torna o melhor velejador.

O que é maturidade emocional?

O dicionário Michaelis define maturidade emocional como o “desenvolvimento pleno da inteligência e dos processos emocionais; estado em que um indivíduo goza de plena e estável diferenciação e integração somática, psíquica e mental”. Ou seja, quando o indivíduo consegue desenvolver inteligência emocional e usufruir dos benefícios emocionais e sociais que ele promove, então chegou-se à maturidade emocional.

A maturidade emocional na psicologia, segundo a visão do psicólogo brasileiro Flávio Gikovate, “se caracteriza pelo atingimento de um estado evolutivo no qual nos tornamos mais competentes para lidar com as dificuldades da vida e, por isso mesmo, com maior disponibilidade para usufruir de seus aspectos lúdicos e agradáveis. Talvez a principal característica da pessoa madura esteja relacionada com o desenvolvimento de uma boa tolerância às inevitáveis frustrações e contrariedades a que todos nós estamos sujeitos. Tolerar bem frustrações não significa não sofrer com elas e muito menos não tratar de evitá-las. A boa tolerância às dores da vida implica certa docilidade, capacidade de absorver os golpes e mais ou menos rapidamente se livrar da tristeza ou ressentimento que possa ter sido causado por aquilo que nos contrariou”, explica em artigo de seu site.

O que Gikovate explica é que as pessoas com maturidade emocional não são pessoas isentas à dor, sofrimento e frustrações. E muito menos são pessoas otimistas por natureza ou que aceitam as situações ruins. Elas também têm dias ruins, estresse e sentimentos negativos, mas ser maduro emocionalmente não significa sorrir o tempo todo. As pessoas com maturidade emocional aprenderam a não se abater pelas frustrações ou a descontar a raiva e descontentamento em quem as cercam. “As pessoas mais tolerantes às frustrações, moralmente mais bem desenvolvidas e de humor estável são capazes de despertar a confiança daqueles que com elas convivem. Assim, tornam-se bons parceiros sentimentais, bons amigos, sócios, colegas de trabalho”, explica o psicólogo.

Ter maturidade emocional nos relacionamentos é tão importante quanto ter maturidade emocional no trabalho, afinal, todas as relações interpessoais serão elevadas com essa habilidade. Além de ser extremamente benéfica para as relações, faz um bem danado para o autoconhecimento, autoconfiança e amor próprio.

Pessoas com maturidade emocional sabem bem o que querem. “Os mais evoluídos emocionalmente tendem a ser mais ousados e a buscar com determinação a realização de seus projetos. Têm menos medo dos eventuais – e inevitáveis – fracassos, pois se consideram suficientemente fortes para superar a dor derivada dos reveses. Ao contrário, aprendem com seus tombos, reconhecem onde erraram e seguem em frente com otimismo e coragem ainda maior. Costumam ter melhores resultados do que aqueles mais ponderados e comedidos, condição que não raramente esconde o medo do sofrimento próprio dos que enfrentam os riscos”.

“A maturidade emocional tem muito a ver com o que, hoje em dia, se chama de inteligência emocional (I.E.): competência para se relacionar com pessoas em todos os ambientes, habilidade para evitar conflitos desnecessários e até mesmo tentar harmonizar interesses e agir sempre em prol da construção de um clima positivo e agradável nos ambientes que frequenta. Assim, a pessoa mais amadurecida busca também a evolução moral, condição que a leva a agir de modo equânime, atribuindo a si e aos outros direitos e deveres iguais”, aponta Gikovate.

Um dos grandes nomes da psicologia da inteligência emocional é Daniel Goleman. Considerado o “pai da Inteligência Emocional”, ele é psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Através do livro “Inteligência Emocional”, um dos livros sobre inteligência emocional mais vendidos no mundo,  Goleman pontua a importância do controle e convívio com as emoções para o desenvolvimento da inteligência. O especialista define a inteligência emocional como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”.

Com autoconhecimento emocional, controle emocional, automotivação, empatia e bons relacionamentos interpessoais, pode-se aprender a desenvolver a inteligência emocional para, então, alcançar a maturidade das emoções.

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Ou seja, quem soube desenvolver a inteligência emocional e alcançar a maturidade só tem a ganhar com isso, pois a satisfação que esse indivíduo tem consigo mesmo faz com que a sua visão de mundo melhore e alcance o que deseja, além de agregar — e muito — para todos que o cercam. Será que você já desenvolveu a sua inteligência emocional? Está na hora de descobrir. Agende uma consulta com um de nosso psicólogos Telavita e descubra como trilhar o caminho da maturidade emocional.

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