Você já se pegou pensando que não é bom o bastante para desempenhar alguma função? Ou que outras pessoas mais inteligentes e capazes talvez merecessem mais aquela vaga de emprego com ótimo salário e benefícios do que você? Se você já experimentou alguns desses sentimentos, saiba que há grandes chances de você ter a Síndrome do Impostor.

Michelle Obama, a ex-primeira dama dos Estados Unidos, é advogada, escritora e uma das mulheres mais influentes atualmente. Visto isso, mesmo tendo conquistado tanto e com muito esforço, Michelle admite que já sentiu como se não pertencesse àquela imagem de sucesso que fazem dela. Esse sentimento, por sua vez, é um clássico sintoma da Síndrome de Impostor. 

O que é a Síndrome do Impostor?

Em 1978, as psicólogas Pauline Rose Clance e Suzanne Imes descreveram uma condição em que pessoas sofrem uma distorção psicológica sobre suas capacidades e competências e entendem que não são merecedoras dos objetivos que conquistaram.

Portanto, segundo definição das psicólogas, o significado de síndrome do impostor é a de que os pacientes “mantêm uma forte consciência de que não são inteligentes e de que estão enganando todo mundo”. Sendo assim, para eles, em algum momento a farsa será descoberta e todos saberão que não são bons o bastante.

Dessa forma, as pessoas que sofrem da síndrome do impostor podem desenvolvê-la em qualquer ambiente, situação e faixa etária. Seja no trabalho, na família ou na escola, ter uma visão inferior de si mesmo é extremamente depreciador e causa grandes impactos psicológicos na autoestima.

O que desperta a Síndrome do Impostor?

A psicóloga americana Valerie Young aponta que a síndrome do impostor geralmente dá as caras em fases da vida em que algum desafio confronta o indivíduo. Logo, não há uma só resposta para o que pode ser a causa do surgimento desta síndrome. Ela pode ser desenvolvida:

  • Pela classe social da pessoa;
  • Pela maneira como foi criada;
  • Por traumas;
  • Pela própria personalidade da pessoa;
  • Entre outras.

Quem são as vítimas?

A atriz britânica Emma Watson, a eterna Hermione Granger da saga Harry Potter, é uma das mulheres mais engajadas em questões sociais e de gênero. Além disso, a britânica é Embaixadora da Boa Vontade da Onu, formada em Literatura Inglesa pela Brown University, em Rhode Island, nos Estados Unidos, além de inúmeros feitos que ajudam e inspiram pessoas do mundo todo.

Assim como a sua personagem em Harry Potter, a atriz é uma das mulheres mais brilhantes de sua geração. Mas, ainda assim, Watson não acredita ser merecedora dessas conquistas. Em entrevista à revista Rookie, Emma declarou:

“Parece que quanto melhor eu me saio, maior é o meu sentimento de inadequação, porque penso que em algum momento, alguém vai descobrir que eu sou uma fraude e que eu não mereço nada do que conquistei”. 

Contudo, em geral, mulheres com a síndrome do impostor costumam ser bem-sucedidas, inteligentes e genuinamente brilhantes, mas que creditam o seu sucesso ao acaso, sorte, terceiros, menos para suas competências, inteligência ou habilidades. 

A síndrome do impostor nas mulheres

De acordo com uma pesquisa realizada pela psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, a síndrome acomete cerca de 70% dos profissionais bem-sucedidos, principalmente mulheres. 

No entanto, sabemos que as mulheres, desde que nascem, precisam sempre provar o seu valor, pois em meio à sociedade machista em que ainda estamos inseridos, elas  não são valorizadas academicamente, profissionalmente e socialmente como os homens. 

Logo, a autoestima e sensação de inferioridade crescem junto delas e é preciso uma boa transformação interna para que esses sentimentos a abandonem. Dessa forma, quando elas conseguem realizar seus objetivos, as frases machistas que ouviram a vida inteira de que não são capazes voltam à tona.

Sinais da síndrome do impostor

A Huffpost Brasil publicou alguns sinais da síndrome do impostor, segundo as pesquisadoras que formularam a síndrome. Vamos a eles: 

  • Trabalhar muito e de forma obsessiva;
  • Ser discreto;
  • Ser carismático para ser aprovado por um grupo;
  • Ter dificuldade em terminar projetos;
  • Procrastinar demais;
  • Se autossabotar o tempo todo.

Tratamento da Síndrome do Impostor

Sob estas perspectivas, conclui-se que viver acreditando que é uma fraude não faz nada bem para a saúde emocional. Sendo assim, o problema pode ser a porta de entrada para transtornos mais graves, como a depressão, caso a pessoa já tenha um histórico ou predisposição genética. 

Visto isso, o grande empecilho em tratar a síndrome do impostor é que o paciente tem grande dificuldade em reconhecer que tem um problema e que sentir uma fraude não é normal.

No entanto, o acompanhamento psicológico é a melhor opção em casos como esse, já que o papel do psicólogo é identificar as possíveis causas para que o transtorno tenha se despertado e auxiliar com técnicas para que ele passe a enxergar suas conquistas com maior apreço.

O autoconhecimento e a conquista da autoestima são dois pontos importantes a serem trabalhados na terapia para tratar a síndrome do impostor. Contudo, caso você tenha se identificado com as informações deste artigo, saiba que você não está sozinho.

A Telavita possui profissionais qualificados para te ajudar no caminho para a saúde mental e bem-estar. Dessa forma, uma pessoa que sofre com esta síndrome precisa de ajuda  psicológica e nós estamos aqui para isso.

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