O Uso dos Chás Medicinais

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Os produtos fitoterápicos fazem parte da medicina popular, com eles são elaborados os famosos chás medicinais das receitinhas das vovós que são passadas de geração a geração.

Esses produtos não possuem estudo científico, mas seu benefício é reconhecido pela Anvisa e eles não necessitam de receitas para serem comprados.

A diferença entre produtos fitoterápicos e medicamentos fitoterápicos

Os medicamentos fitoterápicos também possuem plantas em suas fórmulas, mas eles tem seu benefício comprovado cientificamente e em sua composição há a adição de produtos sintéticos.

Já os produtos fitoterápicos fazem parte da medicina popular, ou seja, seu benefício é passado por gerações, não possuem adição de produtos químicos e não foram testados em laboratórios.

O uso indiscriminado de produtos fitoterápicos

Alguns produtos, se usados de forma errada ou em excesso podem causar males ao organismo. É muito importante a prudência, se a pessoa também faz algum tipo de tratamento específico com medicamentos receitados, o uso de plantas ao invés de auxiliar pode agir de forma negativa sobre o remédio quando somado ou cortar o seu efeito.

A Calêndula, por exemplo que é um cicatrizante e ótima para problemas hepáticos, se consumida em grande quantidade pode causar depressão, enjoos e ataques de raiva. Já a Arnica, também usada na cicatrização, não deve de forma alguma ser consumida via oral. O Hipérico, que funciona como um anticoncepcional, quando consumido com um medicamento com o mesmo fim, pode na verdade aumentar as chances de uma gravidez. Então, procure sempre se orientar antes de começar qualquer uso de produto, mesmo fitoterápicos.

Algumas plantas medicinais e seus benefícios

Abaixo listamos algumas ervas que podem ser consumidas com moderação como chás:

  • Açafrão (Curcuma longa) – combate o envelhecimento precoce, é antioxidante e anticancerígeno. Se consumido em grande quantidade é tóxico;
  • Agrião (Nasturtium officinale) – diurético e anti-inflamatório. Efeito abortivo, gravidas precisam evitar esta erva;
  • Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) – usado contra problemas relacionados a pulmão e a respiração em geral. Não pode ser usado mais que 6g ao dia, ou causará aumento da pressão arterial;
  • Alho (Allium sativum) – anticancerígeno e combate ao colesterol. Não é recomendado para quem tem alergia ao produto ou problemas gástricos;
  • Boldo (Peumus boldus) – combate a inflamação e o surgimento de pedra na vesícula. Não pode ser usado por grávidas, pessoas com problema de fígado, rins e asma;
  • Camomila (Matricaria chamomilla) – anti-inflamatória. tônico digestivo e estimula o apetite. Não pode ser consumida por quem toma algum tipo de anticoagulante, grávidas também devem evitar a erva;
  • Canela (Cinnamomum verum)– combate gases e má digestão. Pessoas de organismo sensível devem prestar atenção em seu consumo, podem mostrar tendências a alergia;
  • Capim-limão (Cymbopogon citratus)analgésico, anti-reumático, combate os gases e auxilia na digestão. Não é recomendado o uso para dores abdominais sem saber a procedência do problema;
  • Carqueja (Baccharis trimera)– reduz a taxa de glicose, é anti- inflamatória e combate o aparecimento de úlceras. Não deve ser consumida por quem tem pressão baixa;
  • Erva Cidreira Brasileira (Lippia alba) – antiespasmódico e analgésico;
  • Erva Doce (Pimpinella anisum) – combate a gastrite, cólicas infantis e mal hálito. Grávidas não devem usá-la;
  • Eucalipto (Eucalyptus) – combate febre, dores ciática, estimula a defesa do organismo e alivia dores. Pessoas com asma seca devem evitar o uso;
  •  Guaco (Mikania glomerata Spreng) – cicatrizante de feridas, úlceras e  trata varizes. Aumenta o fluxo da menstruação;
  • Pata de vaca (Bauhinia forficata) – combate o inchaço, diabete, anti-inflamatória e protege a parede dos vasos sanguíneos. Grávidas e hipoglicêmicos não podem consumi-la;
  • Tamarindo (Tamarindus indica) – vermífugo e auxilia na prisão de ventre;
  • Tomilho (Thymus vulgaris) – combate tosse e resfriado. Não deve ser usado por crianças com menos de 2 anos, grávida, pessoas com úlcera ou hipertireoidismo;
  • Verbena (Verbena officinalis) – combate ansiedade e tensão nervosa, tensão pré-menstrual, digestiva, diurética e calmante. Não deve ser usada por grávidas.

Apesar de ser uma tradição cultural muito antiga da humanidade o uso de plantas medicinais tem se tornado cada vez maior em nossa época. É muito importante que consulte um médico para validar as possibilidades de consumo e efeitos, lembrando que gestantes precisam tomar cuidado redobrado, pois muitas plantas não possuem um estudo profundo e efeitos comprovados. A chance de risco é muito menor do que de um medicamento normal, mas tudo consumido às cegas e sem uma noção de quantidade correta poderá causar estragos no organismo a longo tempo.

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