O cuidar é algo natural e esperado em um relacionamento saudável. Dessa forma, a necessidade de ficar próximo do parceiro é algo inerente de uma relação, pois existe carinho e sentimento positivo envolvido.

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Entretanto, o problema surge quando a parceria do relacionamento vira um vício. As pessoas com dependência emocional tendem a prestar cuidados excessivos no outro e resolver todos os seus problemas entre si, mesmo que implique em se auto negligenciar.

Essa é uma questão que afeta muitas pessoas, porém, muitas vezes, tal situação não é vista como adversa. É perigoso tratar tais relacionamentos de forma normal, pois afeta a saúde dos envolvidos. Portanto, venha conhecer mais sobre a dependência emocional.

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A psicologia do apego

Antes de aprofundar ainda mais na temática, é importante compreender o conceito de apego. Bem, psicologicamente, esse apego é entendido como a procura por aprovação e atenção ao parceiro em um relacionamento amoroso.

Bem, isso pode ser comparado com a procura de segurança e afeto da própria relação com a mãe num período em que o outro e o mundo não existiam para o indivíduo como separados dele. Afinal, nessa relação mãe-bebê, o bebê recebia afeto e todas as suas necessidades eram atendidas, ou seja, não existia a sensação de falta.

Dessa forma, algo semelhante ocorre na vida adulta. Sendo assim, o indivíduo passa a prestar atenção ao parceiro com o intuito de “recuperar” o afeto incondicional que tinha na relação mãe e bebê, segundo uma visão mais psicanalista.

O comportamento de apego, então, influencia diretamente nos relacionamentos da vida adulta. Nesse sentido, ele pode levar o indivíduo a desenvolver relacionamentos sadios ou disfuncionais de acordo com a forma com que aprendeu na infância.

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A dependência emocional

A dependência emocional, também conhecida por codependência, pode ser definida como uma condição emocional ou comportamental, que afeta a habilidade do indivíduo de manter uma relação saudável e satisfatória. Essa questão atrapalha o relacionamento dos envolvidos, mas também possui repercussões em diferentes áreas da vida.

Sendo assim, a pessoa não consegue manter a concentração no trabalho e deixa de lado o cuidado com os filhos, além de não dar tanta atenção as relações com amigos e familiares. Essa relação disfuncional e sem limites, geralmente, ocorre pela excessiva preocupação com o parceiro.

Ainda, é importante deixar claro que o conceito de “dependência”, geralmente remetido ao uso de drogas psicoativas ou substâncias aditivas, é valido aqui. Isso ocorre, pois os relacionamentos interpessoais também ativam o mesmo sistema de recompensa do cérebro, ou seja, criam sintomas de dependência similares.

Além disso, outro aspecto importante de frisar é que a dependência emocional não ocorre somente entre relacionamentos de casais. Dessa forma, pode ocorrer com sua própria família, com amigos ou até com uma pessoa de autoridade.

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Sinais da codependência

E como identificar a dependência emocional? Bem, existem diferentes formas de saber que o relacionamento está indo em uma direção não desejada. Portanto, confira abaixo uma lista com alguns sinais da codependência:

– Comportamentos de submissão ao outro;

– Sinais de fissura e abstinência na ausência do objeto amado;

– Dificuldades de tomar decisões nos relacionamentos;

– Sentimentos de insatisfação;

– Vazio emocional;

– Medo da solidão;

– Baixa tolerância a frustração;

– Tédio;

– Desejo de autodestruição e sentimentos negativos;

– Falta de consciência sobre seus problemas;

– Sensação de estar preso ao relacionamento e de que não conseguirá deixá-lo;

– Conflitos de identidade.

Na dependência emocional, essas características mencionadas acima são alguns dos principais sinais e sintomas importantes para o parceiro identificar e fornecer apoio para o indivíduo buscar ajuda. O dependente emocional necessita de proteção já que apresenta baixa autoestima, reforçada pela crença de que sua felicidade depende do outro.

A importância do acompanhamento psicológico

A dependência emocional quando não tratada adequadamente pode evoluir para sintomas graves, tais como depressão, transtornos alimentares, transtornos de ansiedade, estresse, abuso de substâncias, insônia e autodestruição.

Portanto, buscar ajuda profissional ao identificar esses sinais é importante e muito eficaz. O auxílio de um psicólogo fará com que a pessoa entenda as origens do problema, além de dar oportunidade para melhora do quadro.

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Nesse sentido, a intervenção psicológica também é fundamental para identificar os pensamentos irracionais e comportamentos impulsivos, bem como prevenir recaídas e proporcionar um plano alternativo e adequado à situação.

Dentro da psicologia, destaco a atuação da psicoterapia cognitivo comportamental. Tal abordagem possui como foco as mudanças nos padrões de pensamento para aprimorar a habilidade de resolução de problemas. Ainda, procura reestruturar a cognição para corrigir e identificar os pensamentos irracionais e os comportamentos impulsivos.

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Sou formada desde 1996, possuo duas pós-graduações, RH e Neuropsicologia, além de curso de extensão em Avaliação para Cirurgia Bariátrica. Ajudo pessoas à enfrentarem situações de traumas, ansiedades, fobias, pânicos, relacionamentos conflituosos ou amorosos, bipolaridade, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de personalidade e situações difíceis em ambiente de trabalho, entre outros. Procuro identificar e reestruturar os distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais, através de um plano de tratamento adequado para você, com o objetivo de reduzir a angústia, a tristeza e a insegurança, com atitudes construtivas que favorecerão o seu comportamento. A finalidade é diminuir o seu sofrimento e ressignificar-se.

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