O amor platônico é uma forma de conexão afetiva que transcende o desejo sexual ou sensual, sendo fundamentado no conceito mais amplo de amor. Entretanto, a expressão “amor platônico” tornou-se comum, referindo-se a uma experiência na qual a intensidade do afeto não encontra correspondência mútua. 

Nesse contexto, o foco recai na dimensão espiritual e idealizada do amor, destacando-se pela ausência de uma relação romântica concretizada.

O amor platônico para a psicologia

O amor platônico pode ser entendido como uma manifestação da libido, que é definida como a energia psíquica que impulsiona a busca pela satisfação. Todavia, dentro do cenário de amor platônico, o indivíduo guia sua libido para um objeto idealizado, projetando em algo ou alguém um modelo de amor ideal, imaginando a perfeição.

Entretanto, é importante destacar que o amor platônico pode se tornar uma fonte complexa de emoções. Ele pode proporcionar felicidade e satisfação quando os sentimentos são correspondidos, mas também pode ser causa de angústia e frustração quando as expectativas não são atendidas.

Contudo, essa dicotomia emocional dentro do cenário do amor platônico acrescenta uma camada de complexidade ao entendimento psicológico desse fenômeno, explorando a interação entre desejos, projeções idealizadas e as realidades das relações humanas.

O que faz uma pessoa ter amores platônicos? 

O fenômeno dos amores platônicos pode ser compreendido à luz da teoria freudiana, que salienta que o corpo humano é impulsionado por pulsões, representando uma busca por algo ausente em nós mesmos. 

Dessa forma, quando não conseguimos satisfazer essas carências de maneira apropriada, surge a tendência de idealizar objetos de afeto inatingíveis. Logo, a falta de concretização desse encontro idealizado resulta em uma acumulação de tensão. 

Portanto, diante da impossibilidade de realizar essa ligação desejada, essa carga de tensão retorna a um estado primário, aguardando uma nova tentativa de satisfação. Assim, o ciclo de amores platônicos pode ser interpretado como uma expressão da busca incessante por preencher lacunas emocionais e alcançar a satisfação emocional desejada.

Características de um amor platônico

Na busca de um amor platônico, o indivíduo marca sua relação com uma idealização profunda do objeto de afeto, atribuindo-lhe qualidades perfeitas e admiráveis. Portanto, essa forma de amor assume uma natureza unilateral, com o objeto da afeição ausente de reciprocidade.

Algumas características do amor platônico são:

  • Impossível;
  • Não correspondido;
  • Fantasioso;
  • Ilusório;
  • Sem desejo sexual.

Diferentemente de relações mais físicas, o amor platônico é mais espiritual e emocional. Sendo assim, persiste mesmo diante da não realização, resistindo à falta de correspondência. Logo, o objeto do amor muitas vezes é inatingível devido a barreiras como distância, circunstâncias ou falta de disponibilidade emocional.

Os impactos psicológicos da busca constante

A intensa idealização do objeto de afeto, combinada à ausência de reciprocidade, frequentemente resulta em sentimentos persistentes de frustração e desapontamento. 

Dessa forma, a autoestima, quando se está apaixonado platonicamente, pode ser significativamente afetada, gerando dúvidas sobre o próprio valor e atratividade.

A busca constante, por vezes, distorce a percepção do que constitui um relacionamento saudável, nutrindo expectativas irrealistas. No entanto, esse ciclo repetitivo torna-se um desafio a ser superado, dificultando a quebra do padrão. Logo, em situações mais extremas, buscar apoio psicológico profissional pode ser necessário para lidar de maneira eficaz com os impactos emocionais subjacentes.

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