A timidez é uma característica presente em pessoas que sentem receio ou mesmo medo de situações sociais. Logo, consequentemente engloba outras pessoas, sejam elas conhecidas ou não, e está intimamente relacionada à ansiedade.

Tal sentimento premedita um julgamento negativo e/ou reprovação, associados à insegurança ou mesmo vergonha. Além disso, por gerar sofrimento e dificuldade de socialização – ansiedade social – prejudicam o que é natural do ser humano: a vida em sociedade e sua tendência natural de vinculação.

Características de uma pessoa tímida

A pessoa tímida muitas vezes entra num estado mental e físico de extremo desconforto e descontrole, como se estivesse sendo “tomado” pelo sentimento incapacitante de enfrentamento da situação que supõe ser de difícil enfrentamento.

Quando uma pessoa tímida se encontra em uma situação social, ela pode sentir uma pressão interna e uma autoconsciência intensa. Dessa forma,  fica com a respiração acelerada, ruborizada, sudorese, dentre outros sintomas que caracterizam o sentimento.

Além disso, pode ter dificuldade em iniciar conversas ou interagir com desconhecidos. Ela pode se preocupar excessivamente com o que os outros estão pensando dela e pode interpretar até mesmo pequenos sinais não verbais como rejeição ou desaprovação.

A timidez para Carl Jung

Sob a perspectiva junguiana, a timidez é abordada sob o ponto de vista da vergonha. No entanto, de acordo com Jung, a vergonha surge quando há um conflito entre a imagem idealizada que temos de nós mesmos (o que ele chamou de “ideal de Eu”) e a realidade. 

Para evitar a vergonha e preservar nossa imagem idealizada, podemos desenvolver a timidez como uma estratégia de evitação. Sendo assim, a timidez é vista como uma maneira de evitar situações que poderiam levar à exposição, julgamento ou frustrações nas quais nos sentimos incapazes de corresponder às expectativas.

Nesse sentido, enfrentar a timidez pode gerar muita insegurança, resistência e medo, mas será através de situações que nos deparamos com nossa sombra – o oposto da nossa idealização do de Eu – que se tornará mais possível e até mesmo eficaz. É o processo de “passar por” que nos fortalece.

Dicas para enfrentar a timidez

Para isso, além de psicoterapia, que proporciona trazer de forma segura à consciência os conteúdos inconscientes (sombrios) que nos paralisam e integrá-los à nossa psique, é importante também saber diferenciar timidez de: inibição, vergonha, introspecção e fobia social. 

Portanto, temos algumas estratégias que podem auxiliar no enfrentamento da timidez:

  • Psicoterapia;
  • Ressignificar sensações e situações;
  • Desenvolver autoestima;
  • Cursos de oratória e desinibição corporal (dança, teatro, etc);
  • Medicação (quando em casos de ansiedade maior).

Atenção: o uso de medicamentos deve ser feito após uma avaliação médica/ psiquiátrica e pode auxiliar na diferenciação diagnóstica e tratamento da ansiedade, que agrava e torna o viver debilitante. Nunca se automedique, isso pode mascarar sintomas e dificultar a condução do tratamento ideal.

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