Falar de saúde mental está sendo cada vez mais comum. No entanto, quantas vezes você já ouviu falar sobre saúde emocional? Bem, no primeiro momento, pode parecer que são a mesma coisa, entretanto, abordam questões distintas e importantes entre si.
Apontar as diferenças aqui é fundamental, pois, assim, conseguimos aproveitar ao máximo o que cada uma delas pode oferecer. Durante meu caminho profissional, passei a defender a sutil diferença entre elas, mas como sendo áreas próximas e correlatas.
Saúde mental e saúde emocional são semelhantes, porém diferentes. Sendo assim, para justificar esse pensamento de forma mais clara, vou tentar estabelecer algumas definições teóricas a seguir.
Índice de conteúdo
Saúde emocional
Os pensamentos são os principais fatores dentro do quesito emocional. Sendo assim, influenciam diretamente o comportamento das pessoas e podem oscilar entre polos opostos, como felicidade e tristeza, por exemplo.
Nesse sentido, podemos entender a saúde emocional como aprender e saber lidar com os sentimentos. Desse modo, trata-se de compreender que as emoções são parte vital do cotidiano das pessoas e descobrir o equilíbrio entre elas.
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Então, essa questão está relacionada com a própria percepção que a pessoa possui dela mesma. A autoestima desempenha uma função importante e ajuda o indivíduo a manter o equilíbrio dos seus sentimentos.
Além disso, trabalhar a saúde emocional permite superar determinados acontecimentos de forma ponderada e ajuda a manter relacionamentos saudáveis. Aliás, é possível perceber também a maneira mais positiva de como nos colocamos frente aos outros.
Saúde mental
Já em relação a saúde mental, a Organização Mundial de Saúde (OMS) a define como “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da vida, pode trabalhar de maneira produtiva e produtiva e é capaz de fazer uma contribuição para sua comunidade”.
Dessa forma, saúde mental diz respeito às reações químicas, transtornos e sintomas desencadeados por reações fisiológicas, além das questões genéticas e hereditariamente colocadas.
Basicamente, trata-se de um equilíbrio entre o patrimônio interno e as exigências e vivências externas. Então, quando esse equilíbrio se rompe surgem os comportamentos alterados e os transtornos.
O preconceito cultural da temática
Diferenciar saúde mental de saúde emocional é uma tentativa de romper a barreira do preconceito cultural, que associa saúde mental à loucura. Tal pensamento problemático impede que pessoas procurem profissionais do comportamento humano em busca de ajuda.
Nesse sentido, existe uma demora na busca de tratamento e até em questão da promoção do autoconhecimento. Retirar o estigma errôneo possibilita uma melhora na saúde mental e saúde emocional.
A simbologia da “doença mental”
A confusão toda começa quando se utiliza a simbologia representada pela “doença mental”, que popularmente se coloca como sendo a “loucura”. A utilização dos termos de doença mental nesse sentido, como se fosse uma perturbação, discrimina e segrega a possibilidade do entendimento dos conceitos.
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Então, devemos ter clareza sobre a temática da doença mental. Desse modo, ela aparece quando a pessoa sofre uma ruptura e deixa de se relacionar consigo, com o outro e com o mundo, de forma que atrapalhe os laços familiares, laborais e sociais.
Nesse sentido, os transtornos mentais são um campo de investigação interdisciplinar que envolve áreas como: psicologia, filosofia, medicina, psiquiatria, neurologia e etc. Portanto, compreender essa questão permite encontrar um profissional especializado em comportamento humano que possa ajudar com os problemas presentes.