Praticar a comparação com o outro é algo muito comum na atualidade. Desde a infância, somos incentivados a competir em diversos aspectos, como notas escolares, habilidades esportivas, beleza física, entre outros. No entanto, esse hábito pode trazer muitos perigos para a saúde mental e emocional.

Vivemos em uma sociedade onde as pessoas são ensinadas o tempo inteiro a dar o seu melhor e isso de certa forma é saudável, mas, quando duas pessoas estão dando o seu melhor e alguém leva um “troféu” ou prêmio por tal mérito, cria-se um instinto de competitividade prejudicial.

Os impactos da comparação com o outro

A sociedade atual classifica em números o desempenho das pessoas em provas, processos seletivos e premiações. Além disso, são presentes também, as comparações no ambiente familiar entre irmãos, primos, tios, entre outros. No entanto, toda essa atmosfera gera o pensamento de: e se eu não for tão bom quanto aquela pessoa? 

O problema de se comparar com o outro é que sempre vai existir alguém que é melhor em alguma coisa, afinal é disfuncional que todo mundo queira ser o melhor do mundo em alguma área específica da vida. 

Logo, se comparar se torna prejudicial para a saúde emocional pelo simples fato de que, ao buscar incessantemente ser o melhor, cria-se um sentimento de ansiedade e obsessão que está sujeito a diversas outras variáveis.

Entretanto podem aparecer o sentimento de frustração de estar sempre se comparando a outras pessoas, o desgaste de estar sempre procurando ser alguém melhor, o sentimento de impotência, sensação de invalidez, baixa autoestima, insegurança, entre outras emoções.

Por que nos comparamos tanto?

No ocidente, nós somos ensinados a pensar por uma lógica linear de pensamento, ou seja, é uma relação de causa e efeito. Dessa forma, se eu me esforço agora e dou o meu máximo, aumento as chances de me tornar o melhor. Só que ao chegar lá não existe necessariamente um prêmio, exceto se você obtiver o reconhecimento social.

No entanto, tal reconhecimento social pode ser entendido como uma busca pela aprovação do outro, ou seja, mais uma variável que está sujeita a influenciar a competição. Esse cenário pode acontecer de maneira bem comum como, por exemplo, dentro de uma empresa onde um funcionário deseja receber mais reconhecimento de seu líder.

Portanto, podemos falar que toda e qualquer comparação é de fato injusta, afinal, o ser humano tem algo de peculiar de todos os outros animais: ele pode tudo, desde que se tenha os estímulos necessários. Sendo assim, podemos exercer qualquer profissão ou atividade desde, que sejamos ensinados e preparados para isso.  

O que fazer para sair do padrão prejudicial de comparações?

O primeiro passo para deixar de se comparar com o outro recorrentemente é buscar essa mudança dentro de si. Dessa forma, comece a observar os momentos em que acabou se comparando ou se viu tentando encaixar dentro de alguma situação. 

Sempre que perceber se comparando com alguém, corrija o seu pensamento e mude a postura. Olhe para sua própria trajetória, compare-se consigo mesma (o) e perceba o quanto você tem evoluído e mudado.

Todo ser humano tem a possibilidade de desenvolver toda e qualquer habilidade. Assim, qualquer sentimento que lhe faça desconfiar disso: procure ajuda profissional. Seja para traçar o caminho que você precisa percorrer ou lidar com as emoções que te dificultam a chegar aos seus objetivos, a terapia é o melhor caminho.

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