Há diversos meios de comunicação falando atualmente sobre o conceito “homão”, onde o ator Rodrigo Hilbert é apontado como um homem que qualquer um (a) sonharia em ter. Sem desmerecer em momento algum ao seu amor pela família e respeito com sua companheira, esse artigo é para analisarmos quando o conceito de ser um homem participativo deixou de ser algo básico para passar a ser visto como algo a ser comentado e venerado.

Conceitos Históricos

Somos descendentes de culturas onde a mulher é vista como aquela que deve ter dotes para cuidar da casa e da educação dos filhos, isso veio para nós muito antes das Caravelas de Pedro Álvares Cabral há séculos atrás.

Não somente das raízes europeias e afro, mas os índios também mantinham essa individualidade entre tarefas masculinas e femininas, na maioria das vezes destinando às mulheres as tarefas que menos dependiam de explosão de força e agilidade (que sabemos que há diferença física para tal).

Acontece que, atualmente vivemos em uma sociedade onde a maioria das tarefas podem ser facilmente exercidas por ambos os sexos, pois devido a tecnologia os serviços foram facilitados.

Os tempos mudaram, a sociedade mudou e por que os costumes ainda estão tão enraizados?

Definições

Notamos que os homens héteros são os com maior dificuldade de se expressarem e de encarar o famoso conceito de paternidade como algo de dedicação à família.

Para muitos, o homem perfeito, ou “homão” é aquele que participa das atividades do lar, é companheiro da sua esposa, acompanha e orienta no desenvolvimento dos seus filhos, ou seja, ele ama sem restrições, sem preconceito sem máscaras.

Mudar todo um conceito cultural que carrega um peso milenar é muito complicado, leva um grande tempo, mas convivemos com isso constantemente ao percebermos a luta das mulheres para alcançarem posições de destaque em suas áreas profissionais e principalmente, serem reconhecidas de forma igualitária por seus feitos.

Essas mulheres são na maioria das vezes mães e esposas, preocupadas também com o crescimento de seus filhos e com o bem-estar da família no geral. Elas possuem jornadas dupla de trabalho (no lar e na empresa) e se desgastam fisicamente e psicologicamente, coisa que seria muito mais amena se todas tivessem um “homão” em casa.

Então, ao invés de alimentarmos um conceito que está até mesmo constrangendo o ator, que diz não gostar do título, seria muito mais plausível e viável alimentar um “homem perfeito” dentro de cada um, através do diálogo entre o casal, de distribuição de atividades, de reconhecimento, respeito e carinho com a companheira e com a família no geral.

Ser um homem que presa pelo bem do lar não é uma exceção, não é um mérito, é o reflexo de pessoas que foram educadas em uma sociedade onde existem diversas “mulherões” e que não querem que esse padrão se repita em sua família, pois se tem o entendimento de que se todos participarem a conclusão de um objetivo comum será muito mais positiva para todos envolvidos.

Também não é de culpa somente masculina a situação, as mulheres ao invés de admirar quem tem companheiros participativos, deveriam incentivar para que seus parceiros sejam mais produtivos e ativos em questões do lar e dos filhos. Afinal, há diversas barreiras, conceitos e algemas as quais ele foi preso e criado desde seu nascimento, onde a ajuda para enxergar melhor a situação é uma forma de superar taxações e esteriótipos sem fundamento com os quais ele conviveu.

Portanto, não percam seu tempo admirando o “homão”, se você for um homem, simplesmente seja um “homem perfeito”, se você é mulher, incentive seu companheiro a entender as circunstâncias e as necessidades, conversem, o diálogo é a melhor ferramenta. E para muitos casos, uma orientação de um psicólogo especialista em casais pode resolver mais facilmente esses obstáculos e barreiras pelas quais os dois precisam passar.

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