Hoje em dia, as Paradas do Orgulho LGBTQIAP+ acontecem em diferentes lugares do globo e reúnem milhões de pessoas. Inclusive, a parada que acontece em São Paulo, aqui no Brasil, é considerada a maior do mundo.

Entretanto, essa não era a realidade até poucas décadas atrás. O preconceito marcava o cotidiano desses indivíduos e a orientação sexual diversa da padrão era ocultada por temor de represálias.

A intensificação do processo de urbanização ocorrido nos EUA e Europa, a partir do século XIX, facilitou o anonimato nos grandes centros. Dessa forma, diversas pessoas escolheram a cidade como um “refúgio”.

Aliás, foram nesses ambientes urbanos que muitos encontraram uma comunidade. Mesmo que marginalizadas, as pessoas formaram centros e pontos de encontro em que podiam ser elas mesmas.

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O incidente de Stonewall

Na noite de 28 de junho de 1969, no bairro de Greenwich Village na cidade de Nova Iorque, ocorreu um fato que marcaria historicamente a luta desse segmento social. Entretanto, não sem muita luta envolvida.

Ainda por causa do preconceito e da falta de informação, o mais popular bar para homossexuais da época, Stonewall Inn, foi invadido pela polícia para mais uma batida de rotina. 

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O local estava repleto de clientes e gerou uma confusão generalizada. Os clientes resistiram à imposição da polícia, o que resultou em acontecimentos de violência naquela madrugada. 

Além disso, cansados e inconformados com a repressão policial e subornos constantes, os frequentadores do Stonewall Inn lideraram por mais quatro noites seguidas uma rebelião, que resultou no espancamento e prisão de dezenas de manifestantes. 

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O início da Parada do Orgulho LGBTQIAP+

Tal fato é largamente reconhecido como o evento catalisador dos movimentos em defesa dos direitos civis da comunidade LGBTQIAP+. E ele foi o pontapé das famosas Paradas do Orgulho da diversidade sexual.

A primeira aconteceu um ano depois, em 28 de junho de 1970, em Nova Iorque, para lembrar o ocorrido e mostrar a luta por direitos até então reprimidos, nesse chamado segmento da população. 

Stonewall Inn foi um marco por ter sido a primeira vez que um grande número de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros se juntaram para resistir aos constantes maus tratos da polícia para com a sua comunidade. 

A luta pelos direitos LGBTQIAP+

Os acontecimentos de Stonewall foram tão importantes, que acabaram refletindo em outras ações pela busca dos direitos LGBTQIAP+. No mesmo ano do incidente, ativistas gays invadiram o congresso anual da Associação Psiquiátrica Americana, que ocorria na cidade de São Francisco. 

Os protesto ocorreram de forma veemente contra os trabalhos científicos ali apresentados, que sustentavam o caráter intrinsecamente patológico do comportamento homossexual. A manifestação teve grande repercussão na mídia e a opinião pública da época, encorajando seus participantes a continuarem sua luta de forma ainda mais ruidosa. 

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O combate político continuou por alguns anos, seguindo-se de contatos e de reuniões formais com a Associação Psiquiátrica Americana (APA). Então, em 1973 a reinvidicação foi atendida e a homossexualidade não poderia mais ser considerada uma doença. 

Entretanto, somente cerca de duas décadas depois que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou o diagnóstico de homossexualidade da sua lista de doenças em 1990. 

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Desde que me formei em Psicologia em 2002, já iniciei meus atendimentos em consultório, onde estou até hoje. Logo em seguida fiz cursos na área clínica em Gestalt-Terapia e Psicoterapia Existencial. Dediquei-me também aos estudos de mestrado e doutorado voltados a Psicologia Social, Sexualidade e Envelhecimento. Além disso, sou plantonista voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV) desde 1998, prestando apoio emocional, psíquico e prevenção do suicídio. É importante mencionar que atuei cinco anos como Psicólogo Clínico no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Quando solicitado, palestro em escolas, ONGs, etc. Em 2013 lancei o livro "Travestis Envelhecem?" e em 2017 o meu segundo, intitulado "Homofobia Internalizada: o preconceito do homossexual contra si mesmo" ambos pela editora Annablume. Atuo como Psicólogo voluntário em uma ONG que presta amparo ao LGBTQIAP + idoso dentre outras. Também leciono no Centro Universitário São Roque. Atendimento a partir dos 18 anos de idade.

1 COMENTÁRIO

  1. Cronologicamente se percebe que a relação fluida entre gêneros foi começando a ser aceita quando as mulheres mais presentes no mercado de trabalho deixaram de priorizar a maternidade, mas antes, viria algum vírus para atrelar a homossexualidade e, ai vem um paradoxo: como atrelar aos gays a AIDS se alastrar, se até então o ordenamento jurídico constava a “concubina” e o “adultério hetero”! Os homens afinal se relacionavam mais entre si ou eram o chamado “mulherengo”! Era um “escândalo” ser noticiado as erecoes mútuas e, até hoje, a indústria de filmes gays, tem o cuidado de mostrar o “ator passivo” se masturbando ao ser “penetrado”. Até num vídeo que assisti, presumo que o diretor aprovou a iniciativa do ator homo com ator supostamente “no armário”! Depois de gravarem as preliminares, bem enamorados, o “resolvido” ao penetrar percebeu que o contracenante ficou surpreso com a cena verossímil que viria, mas logo cedeu a iniciativa “maravilhosa”! Sempre digo, desde a paquera, homens percebem que se completam, ainda que num site de psicanálise teimam em dizer que feronomio é Hetero!!!!

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