Mal de Alzheimer. O transtorno famoso pela perda da memória recente capitaliza mais vítimas do que imaginamos. Cerca de 1,2 milhões de brasileiros sofrem com essa doença, segundo a estimativa da Associação Brasileira de Alzheimer – e a maior parte deles ainda sem diagnóstico médico.

E existe cura para o Alzheimer? Infelizmente, a doença é incurável. Existe tratamento, entretanto, que pretende retardar a evolução dos sintomas e tenta preservar as funções intelectuais da pessoa pelo maior tempo possível.

O que é o Alzheimer?

Vamos voltar para o começo e enteder melhor o que é o Alzheimer. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. O prejuízo das atividades diárias ocorre de forma progressiva e implicam em diversos sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais.

A perda da memória recente não é a única consequência do transtorno. Além dela, são vários sintomas de Alzheimer que podem ser identificados. Dificuldade em formular frases e pensamentos, incapacidade de realizar tarefas básicas e alterações no humor e na personalidade também são indícios da doença.

Segundo o portal do Drauzio Varella, certa de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% cmo mais de 85 anos podem apresentar algunm desses sintomas – e muitos casos ainda podem evoluir para demência. A partir do diagnóstico, a pessoa, geralmente, possui uma sobrevida entre oito e 10 anos.

O que causa a doença?

Em poucas palavras, o Alzheimer ocorre pela morte de células do cérebro. Como trata-se de uma doença neurodegenerativa, a morte das células cerebrais acontece de maneira progressiva e ao longo do tempo.

A doença começa com um erro de processamento de algumas proteínas no sistema nervoso central. Por conta desse mal processamento, as proteínas começam a conter fragmentos tóxicos dentro delas e levam essa toxidade para dentro dos neurônios.

A consequência disso é exatamente a perda progressiva de neurônios no cérebro, principalmente no hipocampo (responsável pela memória) e no córtex cerebral (essencial para linguagem e raciocínio). Temos então o início dos sintomas do Alzheimer.

Ainda não há consenso no âmbito acadêmico sobre o porquê essas mudanças ocorrem no nosso cérebro. Entretanto, alguns fatores de risco para o desenvolvimento da condição já foram levantados. Idade, histórico familiar de Alzheimer e genética alguns dos fatores que tracionam a doença.

Ansiedade, estresse e cansaço: potenciais gatilhos

Sem conseguir identificar o principal fator que serve de gatilho para o Alzheimer, surgem diversas pesquisas científicas para tentar compreender o que gera a doença. Nesse sentido, crescem hipóteses de que ela possa ser desencadeada por outras condições mentais, como a ansiedade, o estresse e o cansaço.

Um estudo publicado no The American Journal of Psychiatry, realizado com 270 idosos, descobriu que o aumento dos sintomas de ansiedade pode, de fato, ser um sintoma precoce da doença de Alzheimer. Apesar disso, os próprios pesquisadores indicam que ainda são necessários mais pesquisas para identificar o real elo entre Alzheimer e ansiedade.

Estresse e Alzheimer também estão interligados. Uma pesquisa publicada na revista Neurobiology of Stress indica que o estresse está criticamente envolvido no desenvolvimento e progressão da doença. De acordo com a pesquisa, existiria um “ciclo vicioso do estresse”, em que ele estimularia o Alzheimer e a doença estimularia o estresse num ciclo ininterrupto.

Outra pesquisa foi além e constatou que ansiedade, estresse e cansaço podem aumentar em até 40% o risco das pessoas desenvolverem doenças neurológicas, como o Alzheimer. O estudo realizado pela Universidade de Copenhague analisou o progresso da doença de quase 7 mil pessoas.

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