Dificuldade para dormir em mulheres com mais de 40 anos

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insônia em mulheres

Dormir mal à noite pode deixar qualquer um de mau humor, mas para as mulheres, isso pode ser ainda pior. Pesquisadores da Universidade de Duke, na Califórnia do Norte, Estados Unidos, constataram que mulheres que sofrem com distúrbios do sono, como a insônia, ou que enfrentam alguma dificuldade para dormir, ficam mais mau-humoradas pela manhã quando comparadas aos homens que possuem a mesma carga horária de descanso

Mas qual a explicação para isso? É que existe uma diferença hormonal entre homens e mulheres e isso gera numa necessidade de mais horas de sono para elas. Ou seja, quando as mulheres não dormem, elas fazem mais esforço para manter as cargas hormonais equilibradas. 

Manter o ciclo do sono em dia é essencial para que o corpo funcione corretamente. O sono tem  efeito restaurador e age na capacidade dos indivíduos sentirem-se bem durante o dia. Isso acontece porque, durante o sono, o corpo remove do cérebro proteínas tóxicas, as beta-amiloides, e se não forem removidas, interferem com o funcionamento do cérebro.

 Um estudo realizado pela Fundação Nacional de Sono, nos Estados Unidos, observou que a dupla jornada da maioria das mulheres aliada á era moderna estão arruinando o sono de duas em cada três mulheres. Os dados da entidade são assustadores:  46% das mulheres têm problemas para dormir em “todas ou quase todas as noites” e 21% delas têm problemas para dormir “algumas noites por semana”.

Ou seja, problemas para dormir podem desencadear não só irritação, mas até transtornos psicológicos, como a ansiedade e depressão, e doenças, como as complicações cardiovasculares. 

Os distúrbios do sono consistem em alterações nos padrões ou nos hábitos de dormir. Essas dificuldades relacionadas ao sono incluem a insônia, ronco e apneia do sono, sonambulismo, bruxismo, síndrome das pernas inquietas e narcolepsia, segundo o Instituto do Sono.

Saiba mais sobre os distúrbios do sono em nosso blog!

Mulheres depois dos 40

A pesquisadora Anjel Vahratian, chefe de análise de dados do National Center for Health Statistics (Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, ou NCHS, na sigla em inglês), ligado ao Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, ou CDC, na sigla em inglês), agência do Departamento de Saúde Americano, liderou um estudo que mostrou que mulheres entre 40 a 59 anos deveriam estar dormindo de sete a nove horas por noite. Porém, essa não é a atual realidade.

“Segundo o estudo, uma em cada três (35,1%) mulheres na faixa etária de 40 a 59 anos dormem menos de sete horas por noite, e 19,4% relataram dificuldades em adormecer em quatro ou mais noites por semana.
Mas o problema não vem apenas da quantidade de horas. Mais de um quarto das entrevistadas (26,7%) revelaram que, em quatro ou mais noites na semana, enfrentam dificuldade em continuar dormindo após adormecerem, e 48,9% disseram que não acordam se sentindo descansadas em pelo menos quatro dias por semana.”, a BBC conta.

Muitos fatores podem causar essa má qualidade do sono em mulheres, como os transtornos psicológicos já citados anteriormente, como ansiedade e estresse, dificuldades respiratórias, , alimentação, cafeína, entre outros.

Confira aqui as consequências dos distúrbios do sono na saúde!

Porém, esse quadro pode ser piorado ainda mais nas mulheres por conta das mudanças hormonais provocadas pela menopausa. Segundo o Manual MSD, “a menopausa é o fim permanente das menstruações e, consequentemente, da fertilidade”. 

“Nosso interesse é analisar tanto a duração quanto a qualidade do sono. Muitas vezes se fala somente na duração, mas se você dormir oito ou nove horas por noite e acordar várias vezes durante esse período, a qualidade não será boa”, explica Vahratian. 

Ela afirma que as mudanças hormonais, como as relacionadas à transição para a menopausa, o período chamado 
climatério, tornam as mulheres extremamente vulneráveis aos distúrbios do sono. “Essa é uma parcela da população que talvez precise de mais informações e orientação sobre quantidade e qualidade do sono”, afirma.

“O resultado de sua pesquisa indicou que mulheres na perimenopausa apresentaram maior probabilidade de dormir menos de sete horas por noite, com 56% indicando o problema. Entre as participantes na pós-menopausa, 40,5% disseram dormir menos de sete horas, e entre as mulheres na pré-menopausa, 32,5%”, observa a BBC acerca do estudo. 

Tanto por fatores sociais relacionados à pressão maior que as mulheres sofrem para lidar com carreira, filhos e casa, quanto pelos biológicos, as mulheres possuem maior necessidade de um sono de qualidade. Isso só cresce com a chegada da menopausa. Ou seja, a saúde do sono é vital para que o corpo funcione apropriadamente e, principalmente, para evitar doenças.

Um cochilo mal tirado pode ainda ser medido segundo a persistência de três fatores-chave: pela quantidade de horas de repouso, vezes em que despertamos e o tempo estimado para adormecer. As consequências também são mais graves para a saúde feminina, podendo deixá-las mais aflitas, hostis, depressivas e irritadas. Também temos uma tendência maior a desenvolver complicações cardíacas, quadros depressivos e distúrbios psíquicos, caso não coloquemos tranquilamente, ao longo da vida, a cabeça no travesseiro. Acho que agora vocês poderiam reavaliar o pedido de suas companheiras para ficar mais quinze minutinhos na cama, não é mesmo? 

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