A crescente incidência de transtornos psicológicos em meio a uma vida agitada é uma realidade cada vez mais presente. Pandemia, problemas familiares, traumas de infância e excesso de trabalho são alguns dos fatores que contribuem para a crescente procura da consulta com médico psiquiatra.

Nesse contexto, é essencial dedicar atenção à saúde mental com compaixão. A prevenção desempenha um papel crucial, mas saber quando buscar ajuda profissional é igualmente importante. Os psiquiatras são profissionais fundamentais na promoção do bem-estar mental.

O que faz um psiquiatra?

O psiquiatra desempenha um papel fundamental no diagnóstico e tratamento de transtornos psicológicos, utilizando cuidados necessários para regular os sintomas físicos, por meio do uso de medicações. Além disso, o profissional acompanha o paciente durante todo o processo, com o objetivo de monitorar eficientemente a evolução do tratamento.

Entretanto, a especialização em psiquiatria ocorre após a conclusão dos 6 anos de graduação em medicina. Logo, após a graduação, é necessário realizar a residência em psiquiatria e ser aprovado na prova da Associação Brasileira de Psiquiatria para se tornar um psiquiatra.

No sentido de investigar as bases biológicas dos transtornos mentais, o psiquiatra é responsável por equilibrar a química do cérebro em relação aos hormônios que possam estar em falta, como a serotonina, dopamina e acetilcolina, entre outros.

Ir ao psiquiatra é coisa de louco?

Certamente, você já deve ter ouvido falar do estigma associado a quem procura um psiquiatra, sendo rotulado como “louco”. No entanto, esse pensamento tem suas raízes em uma concepção estrutural que remonta há muitos anos, na Idade Média.

No século XV, a sociedade ocidental testemunhou a era sombria da Inquisição. Durante esse período, indivíduos cujo comportamento divergia do considerado normal eram categorizados como loucos e, consequentemente, punidos por terem pensamentos que diferiam da norma socialmente aceita.

Ainda, pessoas que possuíam sintomas de ansiedade e depressão, além de entre outros transtornos psicológicos, eram chamadas de histéricas. Desse modo, como destino, esses indivíduos eram levados à manicômios, sem previsão de retorno à sociedade.

A clínica de internação psiquiátrica era destinada a essas pessoas. Seu intuito era corrigir os comportamentos inadequados, funcionando como um lugar de disciplina para os indivíduos.

A reforma psiquiátrica

Na metade do século XX, iniciou-se a reforma psiquiátrica, um movimento que criticava os métodos utilizados pela psiquiatria até então. Tal evento repercutiu mundialmente, trazendo novas percepções para os tratamentos utilizados.

Se antes havia a ideia de que os transtornos eram algo de “outro mundo”, e que os métodos precisavam ser “bruscos e com o intuito de corrigir o indivíduo”, agora já não era mais necessário. Nesse sentido, o surgimento da psicanálise foi de extrema importância para o exercício da psiquiatria.

Os estudos de Sigmund Freud contribuíram inevitavelmente para a profissão, trazendo a conscientização do funcionamento dos mecanismos psíquicos. Além disso, a sociedade passou a compreender melhor como as doenças psicológicas se manifestavam no corpo, questionando o sentido da “loucura”, defendida pelo Estado. 

Diante do exposto, milhares de manicômios fecharam à medida que seus estudos ganharam popularidade. Contudo, a nova psiquiatria, então, focaria no indivíduo, respeitando os direitos humanos, usando métodos científicos e estudados detalhadamente pelos médicos psiquiatras, psicanalistas e estudiosos da mente humana.

A função do psiquiatra

Diversos transtornos psicológicos se manifestam corporalmente nos indivíduos e os impedem de manter uma rotina saudável. Sendo assim, sintomas como apatia, medo de sair de casa, desânimo, crises de pânico e compulsão alimentar, na maioria das vezes são tratados com o auxílio medicamentoso.

No entanto, a função do psiquiatra é diagnosticar e receitar remédios para o alívio dos sintomas físicos no paciente. Ainda, é importante salientar que toda dosagem e frequência de utilização dos remédios seja recomendada pelo médico. 

A diferença entre o psicólogo e psiquiatra

A psicologia e a psiquiatria atuam de mãos dadas, mas são muito diferentes. Enquanto o psicólogo busca compreender as causas da manifestação dos transtornos psicológicos, o psiquiatra busca diagnosticar o paciente levando em consideração os sintomas e suas bases biológicas.

Portanto, o psiquiatra realiza o diagnóstico, pede exames e auxilia na avaliação psicológica. Logo, o psicólogo conversa, traz a consciência das possíveis causas do transtorno e trabalha com o paciente o manejo dessas percepções e afetividade. Visto isso, o papel do psiquiatra nos casos graves é extremamente importante, juntamente com o trabalho do psicólogo

Além disso, vale frisar que somente o psiquiatra pode receitar medicamentos, pois trata-se de um médico. A princípio, o psicólogo não possui tal autoridade, uma vez que procura descobrir as causas internas que afligem o indivíduo e não atua sobre as disfunções biológicas do corpo.

No entanto, a atuação em conjunto destes dois profissionais traz ao paciente a consciência das causas dos seus transtornos, trabalha a psique do indivíduo de forma que ele possa desenvolver os mecanismos necessários para lidar com seus desafios e promove o bem-estar físico do paciente.

O diagnóstico do psiquiatra

O diagnóstico do psiquiatra é feito com base no DSM-5, um manual com todas as doenças psicológicas reconhecidas pela medicina, e que norteia o profissional para realizar uma descrição nosológica assertiva.

Ainda, é de extrema importância salientar que quanto maior for a comunicação entre o psicólogo responsável pelo atendimento e o médico psiquiatra, melhor é para o tratamento do indivíduo. Em contrapartida, as opiniões de ambos os profissionais quanto ao caso são de suma importância.

Quando procurar um psiquiatra?

As pessoas frequentemente têm dúvidas sobre quando devem agendar uma consulta com o psiquiatra. De forma objetiva, o indivíduo deve procurar o profissional a partir do momento em que os sintomas da doença começam a afetar seu cotidiano.

No caso de dúvida, uma consulta com psicólogo também é interessante, pois, caso seja necessário, ele irá realizar o encaminhamento para o médico. Vale frisar que nem todos os casos precisam de medicação.

No entanto, não é comum o sofrimento recorrente. Caso esteja passando por um momento difícil, não hesite em procurar um profissional. Nesse sentido, os seguintes sintomas são um indicativo de que algo não está certo:

  • Dores de barriga constantes;
  • Desânimo excessivo e falta de apetite;
  • Vômitos após ingerir alimentos ou tentar se alimentar;
  • Sensações de desmaio;
  • Falta de ar e formigamento no corpo;
  • Tremedeira e suor;
  • Vontade de se automutilar ou ingerir grande quantidade de remédios;
  • Dores de cabeça forte;
  • Crises de choro sem motivo aparente;
  • Mudanças de humor repentinas.

A primeira consulta com psiquiatra

A primeira consulta com psiquiatra é o momento em que ele poderá te conhecer melhor e saber quais são as suas queixas, identificando seus sintomas e relacionando-os com possíveis transtornos psicológicos. Seja o mais verdadeiro possível, pois, assim, o médico poderá realizar o tratamento mais eficaz.

Apresente o que te incomoda e traz angústia

O psiquiatra prescreverá o remédio de acordo com o que você apresentar como queixa para ele. Por isso, diga seus sintomas corporais frequentes, conte como você acredita que essas manifestações te atrapalham no dia a dia e, em quais momentos elas costumam aparecer.

Converse sobre as suas expectativas sobre o tratamento

É interessante conversar com o psiquiatra sobre o que você espera se consultando com ele. Se você possui problemas com a ansiedade e a falta de ar, diga que estes sintomas te incomoda bastante. Dessa maneira, o profissional dará ênfase nessas questões e entenderá melhor a sua queixa, fazendo um diagnóstico assertivo.

Tire suas dúvidas

Aproveite o momento para tirar suas dúvidas sobre o tratamento. A psiquiatria teve um longo processo de evolução, sendo assim, é comum ter perguntas a fazer. O profissional será a melhor pessoa para responder com exatidão os questionamentos quanto ao tratamento.

Tenho medo de tomar remédios controlados e ficar dependente, e agora?

Um medo muito comum entre os pacientes é o receio de se tornarem dependentes de medicamentos controlados. De fato, esses medicamentos podem causar dependência se não forem utilizados de maneira adequada e acompanhados pelo psiquiatra.

Muitas pessoas, ao buscar ajuda pela primeira vez, acabam adquirindo medicamentos por conta própria, sem a devida prescrição, e seguem o tratamento de forma autônoma. Essa prática pode resultar na dependência química do medicamento.

O papel do psiquiatra é acompanhar a evolução do tratamento, realizar ajustes nos medicamentos e orientar o paciente na busca do melhor caminho para o alívio dos sintomas, inclusive indicando o momento adequado para interromper o uso.

Portanto, a presença do psiquiatra é contínua e fundamental ao longo do tratamento. Para obter melhores resultados, é necessário consultar o profissional periodicamente e seguir as orientações prescritas.

Áreas em que o psiquiatra pode atuar

A psiquiatria é ampla e possui diversas frentes de atuação, assim, o médico que opta por ser psiquiatra pode escolher entre diversas subespecialidades. No entanto, basta saber qual combina melhor com o perfil profissional do indivíduo e estudar bastante para seguir a linha. 

Psiquiatria Forense

Na psiquiatria forense, os profissionais avaliam e diagnosticam pessoas condenadas pela lei, traçando o perfil psicológico do indivíduo e questionando seu nível de consciência sobre seus atos. Além disso, eles oferecem avaliações cognitivas e fornecem tratamento psiquiátrico para esse público.

Psiquiatria Geriátrica

Esse campo possui como objetivo relacionar os aspectos do envelhecimento humano com o aparecimento de transtornos psicológicos a partir da terceira idade. Assim, tratam das demências, atrasos cognitivos e comportamentos inadequados.

Algumas síndromes comuns são: alzheimer, transtornos do sono, bipolaridade, demências, depressão geriátrica, TDAH, entre outras.

Sexologia

Destinada a tratar de questões relacionadas à sexualidade, tais como também, a presença de parafilias. Na psiquiatria focada em sexologia são realizados tratamentos para vaginismo, falta de interesse sexual, ejaculação precoce, entre outras disfunções. 

Neuropsiquiatria

Ramo que liga a neurologia e a psiquiatria. Tratam os transtornos psicológicos considerando suas bases biológicas. Nesse tipo de psiquiatria, podem ser pedidos exames neurológicos e avaliações cognitivas do paciente.

Psiquiatria Transcultural

Estuda as manifestações psicológicas de uma mesma doença em culturas diferentes, levando em consideração aspectos sociais e históricos de determinados povos. Atua como um campo de pesquisa da área de medicina.

Psiquiatria Clínica

É responsável pelos atendimentos dentro dos consultórios realizando diagnósticos e pode ter como público-alvo adultos, crianças, jovens ou idosos, atendendo diversos tipos de casos. Além disso, as clínicas psiquiátricas para casos leves a moderados, sem precisar de internação, podem ser presenciais ou online.

O atendimento com psiquiatra online

O Conselho Federal de Medicina, em abril de 2022, na resolução CFM 2.314/2022, regulamentou o exercício da medicina por meio da tecnologia. Visto isso, as consultas médicas online foram regularizadas em todo o território nacional.

A telemedicina se popularizou com a pandemia do Covid- 19 e, mostrando sua eficiência, se tornou uma prática útil e que facilita a vida de muitas pessoas e profissionais do ramo. O atendimento com psiquiatra online, por sua vez,  é feito de forma 100% virtual. Nele, os médicos fazem o diagnóstico e enviam a receita por e-mail para o paciente.

Contudo, para a receita ter validade, é necessário um certificado digital. Para o médico psiquiatra exercer a sua profissão de forma online precisa registrar a sua assinatura digital pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP- Brasil) e se inscrever na plataforma de prescrições eletrônicas, regulamentada pelo CFM. 

Existe diferença entre a psiquiatria online e a presencial?

Quando falamos do atendimento digital, muitas pessoas ainda possuem certa desconfiança sobre o tratamento. Entretanto, diversos estudos já comprovaram a eficiência da modalidade e, em alguns casos, ela é até melhor do que o presencial.

Na psiquiatria online, o profissional realiza a consulta da mesma forma que na presencial. Ou seja, da mesma forma o médico irá interagir com o paciente a fim de descobrir as causas que afligem a pessoa, irá pedir exames e indicará o melhor medicamento para o tratamento.

Dessa forma, a consulta com psiquiatra online facilita o processo de agendamento e traz mais conforto ao paciente, que realiza a consulta no dia e horário que preferir. Além disso, as clínicas digitais disponibilizam o currículo do profissional como forma de transparência e credibilidade.

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