Desde a década de 1950, a sociedade passou a valorizar as profissões e as atividades laborais e a associá-las a um status. Com o passar dos anos as mulheres conseguiram se introduzir, ainda que aos poucos, às atividades mais intelectualizadas e às profissões que antes eram somente exercidas por homens.
Esta ainda é uma luta constante, mas o mercado de trabalho tomou e toma novas formas. Novas profissões e funções surgem conforme as tendências e necessidades sociais e as ocupações laborais passam, naturalmente, a fazer cada vez mais parte do cotidiano.
Entretanto, para ir além das ocupações e das diversas formas de trabalho, é necessário pensarmos que nem sempre a profissão escolhida ou a ocupação exercida são tão atraentes ou uma forma de realização pessoal.
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É possível tornar o trabalho mais atraente?
Em meio a tantos estímulos, acúmulo de informações e de demandas, você já parou para questionar se é possível tornar o trabalho mais atraente? A boa notícia é que sim, isso é possível.
Normalmente, projetamos no ambiente de trabalho corporativo, nas empresas, escolas, negócios próprios, consultórios e instituições em geral a “responsabilidade” em relação ao nosso prazer e motivação.
Porém, esquecemos que todos estes ambientes são compostos por pessoas. Isso mesmo: pessoas. O principal combustível para tornar o trabalho mais atraente é o vínculo pessoal que estabelecemos com ele e com os membros que fazem parte desta cadeia produtiva, como parceiros, fornecedores, gestores e clientes.
A importância da autorreflexão
O segundo passo, ou combustível, vem de cinco respostas positivas fundamentais sobre o nosso trabalho. Elas são importantes para avaliarmos se estamos na atividade adequada e na direção correta em nossas carreiras. As perguntas são as seguintes:
- Fazemos o que gostamos?
- O que gostamos de fazer é algo que a sociedade precisa?
- Estamos aptos a executar o trabalho?
- Este trabalho é produtivo?
- A produtividade neste trabalho traz renda satisfatória, prazer, desenvolvimento pessoal e profissional?
Entretanto, é utópico pensar que com todas as respostas acima positivas, então, teremos uma vida plena e um trabalho atraente. Afinal, somos responsáveis por também tornar o trabalho atraente.
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Entenda as âncoras de carreira
O terceiro combustível, vem do resultado da nossa entrega, do reconhecimento e do aspecto financeiro. É raro encontrar quem trabalhe por amor, sem esperar contrapartidas. Isto existe sim, mas avalie se há estes casos em volta de você.
Não podemos entrar na fantasia de achar que muitos gostam do trabalho e se sentem atraídos e animados para levantar de manhã para trabalhar, enquanto só você que não. É necessário ter esse discernimento.
Para tal, podemos usar como referência a teoria do teste âncora de Edgar Schein, PhD em psicologia social pela Universidade de Harvard e professor emérito da Sloan School of Management, a escola de negócios do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Segundo Schein, as âncoras são pilares que norteiam as decisões de carreira dos profissionais. A teoria é importante, principalmente, para aqueles que buscam maior autoconhecimento no direcionamento da própria vida profissional. As âncoras de carreira que ele propõe são:
- Competência técnica e funcional;
- Competência administrativa geral;
- Autonomia e independência;
- Segurança e estabilidade;
- Criatividade empreendedora;
- Dedicação a uma causa;
- Desafio puro;
- Estilo de vida.
Além disso, é possível realizar um teste para descobrir quais são as suas âncoras. Vale a pena mapear o seu posicionamento antes de tomar alguma decisão profissional.
Mas por que as âncoras são importantes?
É através do que nos motiva que a nossa produtividade cotidiana poderá ser mais ou menos atraente. É claro que o ambiente de trabalho precisa favorecer e nos dar condições de exercermos o nosso melhor. Entretanto, a nossa motivação inicial, aquela que dá o impulso de energia para partirmos à produção dia após dia, é que ditará a força da atração do que escolhemos para fazer.
Dessa forma, ferramentas de autoconhecimento, assessment, orientação de carreira e apoio psicológico, favorecem bastante o encontro do sentido do trabalho na vida de uma pessoa. Afinal, proporcionam a criação de ambientes atraentes, com projetos e equipes capacitadas para realizar isto tudo.
Trabalho mais atraente: uma conjuntura
Outro aspecto importante para tornar o trabalho mais atraente é a organização. Tão simples e tão básica, ela promove a visão tanto ampla, quanto direcionada para o que é preciso fazer para produzir. Sendo assim, é possível perceber o que é necessário para se obter resultados e quais são os planos a curto, médio e longo prazos.
Quando nos organizamos, conseguimos planejar nosso presente e futuro. Além disso, fica mais fácil sair de situações que não fazem mais sentido para nós e, enfim, decidir trilhar um caminho de algo melhor e mais atraente.
A gratidão pelo que se tem, pelo histórico de realizações profissionais e pelo desenvolvimento pessoal com as dores do crescimento através do trabalho, também é um item a ser considerado.
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Nos sentimos atraídos por tudo o que nos desafia, que nos traz frescor e novidade, mas precisamos desenvolver a sabedoria necessária par reconhecer nossa trajetória. Afinal, é necessário honrarmos nossas realizações e resultados e, a partir deles, agradecer a todos os aprendizados durante este processo.
Com a gratidão genuína, existe a possibilidade de tornarmos nosso trabalho mais atraente sem necessitarmos de novidades e desafios a todo momento. Sendo assim, não será mais necessário desistir dos vínculos e viver rotina cotidiana de superação.
É com respostas positivas sobre o que estamos aptos a fazer e os resultados desta aptidão, mais organização, motivação (pautada nas âncoras de carreira) e gratidão, que podemos tornar o trabalho mais atraente.
Além disso, devemos promover relações e ambientes saudáveis no trabalho, da mesma forma que gostaríamos que fizessem por nós. Ainda, uma vida com menos expectativas em relação ao ambiente de trabalho e mais foco nas próprias responsabilidades e desenvolvimento pessoal e profissional, pode ser muito mais prazerosa e produtiva.
Ao começar uma Carreira Profissional se lembrar que serão (atualmente) 40 anos de atividades e que o Mercado de Trabalho está em evolução constante! Foram minhas ferramentas de trabalho, em 1984: máquina de escrever, carbono, formulários de duplicata (época do crediario) e finalizei minha carreira em sistema de pagamento (on line)! Nunca esperar que o chefe ou a empresa farão por você: a empresa que comecei a trabalhar (abrangência interestadual e até presente em duas regiões), faliu! Meu último chefe, deixou de ser (chefe)! A atividade, que deve ser persistida, deve ser aquela que você tenha Autonomia e o chefe “apenas” supervisiona! Finalizo, comentando que num site médico sobre as especialidades mais procuradas, a de geneticista está na “lanterninha” (menos de 1%), explicando porque ainda a midia e muitos médicos atrelam a obesidade aos excessos à mesa!