Demência em idosos não é consequência direta do envelhecimento. Saiba mais sobre a relação entre elas.

Demência. São incontáveis as situações em que essa palavra já foi utilizada para descrever uma pessoa que, geralmente, mostra algum sinal de loucura ou falta de noção. O modo depreciativo e jocoso possui como principais vítimas os idosos. Essa atitude está correta?

O uso errôneo trouxe uma conotação negativa para a demência, o que acarretou em significados completamente destorcidos. Quando alguém pensa nela, não imagina uma condição médica, mas sim, simples e pura insanidade. No máximo, associam a palavra a demência senil e Alzheimer.

Algumas pessoas mais velhas, infelizmente, vivem com essa alcunha sem fazer jus a nova definição. Aliás, muitos passam longe de apresentar sintomas de demência senil. O tabu existe com essa população e, por isso, é necessário conhecer mais sobre ela para se desprender desse emaranhado de desinformação. Então, que tal descobrir?

Demência: o que significa?

E o que é demência em idoso? Bem, ela não é nenhuma doença específica. O termo foi cunhado para descrever uma síndrome decorrente da perda da capacidade cognitiva de uma pessoa.

Aliás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) define a demência como uma “síndrome em que há deterioração da memória, do pensamento, do comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas”. Além disso, o órgão também estipula que de 5 a 8% da população geral com 60 anos ou mais possui a síndrome.

Apesar do número alarmante, não são esses dados que chamam mais a atenção: o que, de fato preocupa, é a falta de diagnóstico. De acordo com o Alzheimer’s Disease International, “nos países de alta renda, apenas 20-50% dos casos de demência são reconhecidos e documentados na atenção primária”.

A entidade ainda alerta que essa “lacuna” deve ser ainda maior nos países de baixa e média renda. “Se essas estatísticas forem extrapoladas para outros países do mundo, isso sugere que aproximadamente três quartos das pessoas com demência não recebem um diagnóstico”, complementa.

Quer identificar melhor a demência? Conheça alguns tipos dela:

– Doença de Alzheimer;

Demência vascular;

Demência Frontotemporal;

Demência com Corpos de Lewy;

– Doença de Parkinson;

– Doença de Huntington;

– Doença de Creutzfeldt-Jacob.

A demência em idosos pode dar as caras de diversas maneiras. É preciso estar alerta, ter conhecimento e buscar auxílio de especialistas.

Diferença entre envelhecer e demência

“Embora a idade seja o fator de risco mais forte conhecido para demência, não é uma consequência inevitável do envelhecimento”. A frase da OMS é simples e direta. Existe relação entre o envelhecimento e a demência, mas isso não significa que elas sempre estão juntas.

Dessa forma, não significa que ao não lembrar de algo, você está apresentando algum sinal da síndrome. Existe um limite entre os possíveis diagnósticos e o puro envelhecimento natural da vida. A demência em idosos não é um sinônimo do processo de envelhecimento.

Confira aqui 7 sintomas de demência!

Um dos sintomas de demência no idoso mais comum é o esquecimento. Porém, ela somente será encaminhada para fins médicos e de diagnóstico, quando a síndrome passar a atrapalhar as atividades diárias da pessoa.

Dessa forma, é nítida a distinção. O envelhecimento traz certo prejuízo nas habilidades motoras e cognitivas, porém não é um fator decisivo e impeditivo para a realização de coisas normais da vida.

Quando a demência está presente, geralmente, fica mais fácil de detectar. O indivíduo passa a depender mais da família e  apresenta incapacidades básicas. O papel da família é fundamental para buscar tratamento e ajudar quem está passando por esse momento complicado.

Como reduzir a sua incidência?

Apesar de ainda não existir cura, existe remédio para demência. Ou seja, é possível reduzir os riscos da síndrome. Praticar exercícios físicos, controlar o peso, possuir uma dieta saudável e evitar o uso de cigarros e álcool são formas simples e práticas de combater a demência.

A OMS também sinaliza alguns fatores de risco adicionais para ficar de olho. Depressão, baixa escolaridade, isolamento social e inatividade cognitiva podem aumentar a incidência da condição.

Importância do acompanhamento psicológico

A fragilidade pode tornar os idosos mais suscetíveis à demência de Alzheimer e modera os efeitos das alterações cerebrais relacionadas à demência nos sintomas de demência. Essa foi uma das descobertas de um estudo publicado recentemente no The Lancet.

“Isso indica que um ‘cérebro frágil’ pode ser mais suscetível a problemas neurológicos como demência, pois é menos capaz de lidar com a carga patológica”, explica o professor Kenneth Rockwood, da Nova Scotia Health Authority e da Dalhousie University.

Conforme exposto, a capacidade cognitiva plena é fundamental para evitar a demência. Nesse sentido, o papel do psicólogo aparece cada vez mais importante no cenário da síndrome, pois será ele o responsável por fortalecer as faculdades mentais da pessoa.

Orientação psicológica

O acompanhamento psicológico é importante tanto para o paciente com demência, como também para a família. A partir disso, será possível que todos tenham  melhor entendimento do que está acontecendo com todos.

A terapia ajuda no autoconhecimento e na percepção geral do indivíduo. Sendo assim, é realizado um trabalho para ajudar a pessoa a conviver com problemas que estão surgindo, além de ser um espaço para poder falar sobre o que desejar.

Leia mais no nosso artigo “Os benefícios do acompanhamento psicológico para a família de pessoas com demência”.

O trabalho do psicólogo pode ser feito, inclusive, de forma online. Existem atualmente plataformas que disponibilizam o serviço. A Telavita, por exemplo, oferece a possibilidade de realizar o atendimento psicológico no horário e local desejado pela pessoa, além de contar com diversos profissionais com experiência de mercado.

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