Perder alguém que amamos não é fácil. A dor do luto pode vir até mesmo antes da própria morte da pessoa ocorrer. No entanto, quando um paciente se encontra em estado terminal por conta de alguma doença crônica ou complicação devido a acidentes, é comum o processo de cuidados paliativos.

O principal alvo são os idosos, que são mais vulneráveis e suscetíveis a ter doenças terminais. Nesses casos, família e paciente passam por cuidados especializados para passar pelo processo com maior consciência e compreensão acerca dos fatos.

Mas afinal, o que são os cuidados paliativos?

Os cuidados paliativos são uma série de ações que visam fazer o caminho até a morte da pessoa ser o mais leve possível, tanto para família, quanto para paciente. Nele, são envolvidas equipes multidisciplinares, responsáveis por promover o alívio dos sintomas e qualidade de vida para o paciente terminal.

Todavia, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e psiquiatras são os profissionais mais envolvidos nos cuidados paliativos. Contudo, o objetivo é fazer com que o processo da morte seja compreensível para quem está passando por ele e também para quem está em volta. Dessa forma, são seguidos 4 pilares:

Controle dos sintomas

Cabe como objetivo diminuir o sofrimento do paciente o máximo possível. O controle dos sintomas é feito por meio de medicamentos, que por sua vez, são escolhidos após a avaliação geral do estado da pessoa. No entanto, o mais comum são o uso dos remédios para amenizar a dor, como analgésicos e em casos mais graves, opióides.

Comunicação eficaz

Um dos pilares mais importantes e que é a base dos cuidados paliativos é a comunicação eficaz. Muitas vezes o paciente está em grande sofrimento, o que gera angústias desproporcionais nos familiares, que não entendem muito bem o sentido biológico da doença. 

Dessa forma, médicos, enfermeiros, e todos os profissionais envolvidos fazem uma ponte de comunicação clara com os familiares para que eles entendam que o melhor está sendo feito, a fim de amenizar também seus sofrimentos.

Trabalho em equipe

Todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente precisam trabalhar em equipe. O objetivo dos cuidados paliativos é justamente fazer com que todo esforço possível seja realizado para melhorar as condições de vida do paciente até que chegue a hora de sua morte. Logo, para isso, é preciso o empenho e comunicação dos diversos profissionais envolvidos.

Apoio a família e paciente

O processo de um paciente em estado terminal até sua morte, por mais rápido que possa ser, é lentamente doloroso para os familiares e a própria pessoa em questão. Sendo assim, o desgaste psicológico é intenso, comprometendo a saúde mental daqueles que precisam passar por esse processo. Logo, o apoio a família e paciente é imprescindível, principalmente por meio da terapia.

A questão psicológica para quem vai lidar com a morte de um ente querido

O luto é subjetivo, cada um tem seu próprio tempo de lidar com ele. No entanto, a morte ainda é um tabu na nossa sociedade, sendo um assunto evitado ao máximo. Logo, não queremos que seja verdade, dói nos despedir de quem amamos.

Não entendemos a vida, tampouco o por que ela chega ao fim. Nós não sabemos de onde viemos, e nem para onde vamos com toda certeza. Dessa forma, isso traz mais angústia a todo o processo. 

Ao já ter uma sentença clara de morte, temos tempo de nos preparar para o acontecimento. No entanto, nosso psicológico fica abalado, ficamos vulneráveis e suscetíveis ao aparecimento de transtornos como a ansiedade e depressão.

Por isso, ao longo dos cuidados paliativos, é importante para os familiares consultar com um psicólogo. Da mesma maneira, para o paciente também é imprescindível para que ele consiga chegar ao fim do ciclo sem culpas, e de bem com sua passagem pela terra.

O livro “ A morte é um dia que vale a pena viver”

a-morte-e-um-dia-que-vale-a-pena-viverPara aqueles que estão passando por um momento que exige entender a profundidade da vida e o acontecimento da morte, o livro da Ana Cláudia Quintana Arantes ensina muito sobre esses aspectos, falando também sobre os cuidados paliativos e a sua importância.

No livro a médica conta sobre casos que já vivenciou e traz sua perspectiva sobre o assunto. De uma forma compreensível e didática aborda temas como a vida, a morte, e também a dor do luto. 

Como aceitar a morte e entendê-la?

Aceitar a morte ainda é um problema para milhares de pessoas. Não podemos entendê-la e nem saber quando iremos morrer. No entanto, a morte faz tão parte da vida quanto a própria vida. Não precisamos ter medo do processo, apenas entendê-lo como algo natural e que fará parte da nossa história.

Nesse sentido, a psicoterapia pode ser de grande ajuda para quem possui questões emocionais relacionadas ao tema. Tanto para aceitar e compreender a morte do outro, quanto para nos preparar para o dia em que teremos que lidar com a nossa própria morte, a terapia se torna amplamente eficaz.

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1 COMENTÁRIO

  1. Importante entender a morte como ausência física, semelhante ao que mostra a física quantica em relação as ondas do mar: elas estão sempre lá mesmo que as águas estejam “paradinhas”! Numa ocasião fui a um médico e ele percebeu que estava “sendo veiculo” de comunicação ao dizer da certa supremacia do exame laboratorial em relação ao exame de imagem. E de fato uma tia minha que foi uma espécie de enfermeira o fez de “veiculo para se comunicar”! E vida e morte são estradas paralelas: quem fez parte da “equipe” que nos educou, criou, finaliza a missão e se unem a plateia celestial que assiste a continuidade das histórias onde um dia foram idealizadores delas!

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