É natural sentir raiva. No filme da DisneyDivertida Mente aprendemos que todos os sentimentos são importantes para a nossa formação de caráter e personalidade, além de serem guias das nossas ações e comportamento. Mesmo os sentimentos considerados “ruins” como a tristeza, são necessários para nos moldar como seres humanos. A personagem Raiva aparece no filme para libertar a humana Riley de repressões que sofria e para expor toda a sua indignação com as situações que não a deixavam feliz e confortável. É importante saber diferenciar raiva e transtorno de agressividade, afinal, um pouquinho de raiva nos ajuda a evoluir e liberar as emoções contidas.

A raiva nos faz lidar com as emoções à flor da pele e a aprender como abrandá-las de modo que não prejudique o nosso bem-estar. Porém, quando o quadro de raiva extrapola o nível normal, é preciso tomar cuidado para não desencadear doenças como depressão, ansiedade e, em quadros mais graves, o Transtorno Explosivo Intermitente, popularmente conhecido como Síndrome de Hulk.

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O que é comportamento agressivo?

O comportamento agressivo em sua forma de atuação normal aparece como tensão e explosão de raiva de modo que alivie o indivíduo. Geralmente quem possui muita agressividade, canaliza toda a sua energia em explosões de raiva a fim de se livrar dessas emoções tão intensas.

Mas o grau desse temperamento agressivo pode passar dos limites e se tornar violento. Agressividade e violência não podem andar juntos, pois podem causar danos ao indivíduo e àqueles que o cerca.  É aí que mora o perigo e o limiar entre a raiva como um sentimento comum e um transtorno de agressividade.

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Síndrome de Hulk – Agressividade e Violência

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), é um comportamento agressivo, gerando acesso de fúria descontrolada, geralmente sem motivos aparentes, onde a pessoa perde o controle de seus impulsos violentos e pode agredir alguém através de palavras ou de forma física. Este descontrole também pode ser descarregado em animais ou objetos.

A síndrome é um tipo de Transtorno do Controle dos Impulsos
(TCIs), cuja categoria ainda inclui piromania e cleptomania, por exemplo. Segundo a American Psychiatric Association (APA), um estudo realizado nos Estados Unidos dentro do período de um ano revelou que cerca de 2,7% da população geral possui o TEI.  A pesquisa ainda apontou a predominância do transtorno na faixa etária entre 16-35 anos e com baixo nível de escolaridade.

A prevalência da doença é nos homens. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais  (DSM-5), para cada três homens, uma mulher sofre de TEI. No Brasil, o TEI atinge 3,1% da população.

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Ao contrário dos acessos de raiva, as pessoas diagnosticadas com TEI possuem um menor controle de sua fúria, pois elas perdem rapidamente as noções de limites e seu controle físico.

É importante salientar que quem tem este transtorno não possui uma ação premeditada, tudo acontece de repente em sua mente e em seu corpo, é uma explosão de sentimentos agressivos que surgem sem dar sinal, sem avisar. Por este motivo, é muito importante descobrir deste cedo este mal para assim poder começar o tratamento indicado.

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Sintomas do Transtorno Agressivo

Uma pessoa que fica com raiva facilmente nem sempre é portadora da síndrome. Para diferenciar é importante notar além da frequência de fúria, os motivos pelos quais ela foi desencadeada, se for por causas muito superficiais e aparentemente sem sentido, isso pode ser um indício, ou quando o paciente realmente perde sua capacidade de controle e parece cego, a impulsividade e agressividade o domina completamente.

  • Agressões físicas e ameaças verbais sem justificativa ou razão;
  • A pressão e batimentos cardíacos descontrolados;
  • Descontrole de atitudes onde objetos são quebrados e arremessados;
  • Sudorese e tremores no corpo;
  • Falta de controle sobre as próprias ações;
  • A pessoa se sente culpada após o ataque.

É importante procurar um psicólogo caso pense que seus níveis de raiva passam do limite ou que se adequam aos sintomas do TEI. Existem várias maneiras de como controlar a agressividade, e elas dependem de indivíduo para indivíduo. Meditação, exercícios físicos, yoga, esportes de impacto, terapia…todos eles podem ser recomendados, mas é vital conversar com o psicólogo para saber qual deles se encaixa no seu nível de raiva ou grau de TEI. 

O controle da agressividade é um aprendizado que só o tempo e o autoconhecimento podem ajudar. Por isso, a agressividade na psicologia pode ser tratada e revertida.

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