O sentimento de angústia é um companheiro inevitável na jornada humana, intrinsecamente entrelaçado com as metamorfoses e transições que moldam nossas vidas. No entanto, a angústia atua como um farol, alertando para as mudanças que se aproximam e enviando um sinal sutil de que estamos prestes a embarcar em novas etapas.
Desde a infância até a velhice, esse sentimento se manifesta de maneiras diversas, impulsionado por variáveis emocionais, sociais e econômicas. Logo, cada fase traz consigo suas próprias angústias, que espelham os desafios específicos que enfrentamos.
Mas como lidar com esse sentimento? E o que de fato é sentir uma angústia? Vamos abordar isso neste texto, fique conosco!
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O que é o sentimento de angústia?
A angústia é um sentimento caracterizado pelo vazio existencial e sensação de impotência alimentada por sufoco. Sob essa perspectiva, pode ser definida como um profundo aperto no peito, tristeza, apatia, silêncio, ausência de respostas, incapacidade de realizar e de sair de uma situação.
Sintomas estes que, podem aparecer de maneira isolada, e às vezes todos juntos e misturados. Todavia, não há como fugir da angústia, ela faz parte da vida, e se você se sente angustiado, a sua vida está em uma fase de MUDANÇA. Isso significa que o tempo todo você pode sentir um certo grau de angústia.
A infância por exemplo, aparentemente uma fase de encantamento e alegria, é permeada por muita angústia, incerteza e insegurança do que pode ser o próximo passo.
A adolescência, juventude e a velhice também proporcionam certa angústia. Os fatores subjetivos, relacionados ao estado emocional, social e econômico de cada fase poderão amenizar ou complicar o sentimento de angústia.
O que fazer quando você se sentir angustiado?
Quando o coração aperta e a mente se enche de inquietações, é essencial descobrir maneiras de navegar por esse mar turbulento de emoções. A angústia muitas vezes nos encontra despreparados, deixando-nos vulneráveis. Dessa forma, saiba o que fazer quando se sentir angustiado:
1. Identifique o vazio.
Perceba se você costuma “fugir” da dor psicológica e os fatores emocionais que podem estar causando sua angústia. Sendo assim, veja se você tem o comportamento de tentar evitá-la, por exemplo: comendo excessivamente, ou consumindo alimentos tóxicos, consumindo álcool, fazendo compras desnecessárias, ou até mesmo ocupando o seu tempo com eternas pesquisas e buscas nas redes sociais.
Pergunte-se. O que estou sentindo? O que está fazendo com que me sinta assim? E escreva. Depois leia e reflita sobre o que escreveu. Saiba o que está causando o seu sentimento de vazio.
2. Descubra qual mudança está acontecendo na sua vida
O sentimento de angústia é sempre causado por alguma mudança, então, investigue. O que está mudando na sua vida nesse momento? Diante a essa constatação, analise esse momento.
Contudo, em muitos casos o ideal é fazer isso junto a um psicólogo. Assim você conseguirá expandir todos esses movimentos, considerá-los e compreendê-los no seu momento atual de vida.
3. Busque informações sobre o momento que você está vivendo
Conhecer com mais profundidade o que se espera desse momento, poderá amenizar sua sensação de angústia. Por exemplo, pessoas com idade aproximada aos 40 anos tendem a se deprimir, um dos fatores que contribuem para isso, é sentir que não alcançou tudo o que planejou no passado.
Dessa maneira, ter essa informação pode ajudar a compreender que você não está sozinho, que isso pode acontecer, e que assim, você pode precisar de ajuda para superar esse momento da vida e que é absolutamente normal.
4. Adote uma filosofia de vida
Se você precisou chegar a algum lugar em uma grande cidade, com certeza já usou um GPS. Fica muito mais fácil, não é mesmo? Ter um mapa traçado com o trajeto e o tempo esperado de chegada ajuda muito. Você se sente tranquilo, seguro e organizado para chegar onde precisa e honrar com seus compromissos.
E você, como define o seu trajeto de vida? Qual é o mapa que você está utilizando? Você pode preencher esse pilar da sua vida, através de uma religião, uma filosofia, práticas esportivas, meditação, estudos e até mesmo conexão com a natureza. A questão é: o que está direcionando a sua vida?
5. Classifique o que você tem controle e o que você não tem
Classificar quais situações você tem controle e quais você não tem vai te ajudar a se sentir menos angustiado. Logo, ao identificar que a velhice chegou, que os cabelos estão brancos, e que o corpo mudou, você terá condições de se perguntar: “O que eu preciso fazer para me sentir melhor com a atual situação?”.
Diante a isso, o que eu posso fazer? Por exemplo, exercícios? cuidar da alimentação de uma maneira diferente? Adotar hábitos saudáveis de sono? Esse exercício te ajudará a entender a situação de forma mais racional e assim, você poderá agir de forma objetiva para seu próprio bem-estar.
6. Busque o lado bom de cada situação
Pode parecer impossível em um momento de angústia encontrar algo de positivo. Sentir, viver, se entristecer, se frustrar faz parte do crescimento de todo ser humano. Porém, negar, negligenciar, fugir do sentimento de angústia, não vai proporcionar o seu crescimento para o próximo nível.
O que isso significa? Que a angústia virá, e que você pode aprender a olhar para si, para o caos, para o vazio. E, se olhar para esse vazio, conseguirá preenchê-lo ou permitir que o silêncio do vazio exista. Ao conseguir isso, a angústia irá perdendo força aos poucos e você poderá aceitar que mesmo assim, está tudo bem.
Como a psicoterapia pode te ajudar?
Quando a angústia não é compartilhada, você se sente sozinho e isso tende a aumentar. Nem todo mundo sabe o que é angústia, ou consegue identificar quando está se sentindo angustiado.
Todavia, alguns sentem vergonha e não querem se sentir vulneráveis diante dos amigos ou da família. Outros, sentem medo de que isso possa representar algum sintoma de algo mais grave e preferem silenciar a própria dor.
No entanto, com a psicoterapia é possível mapear ações, atitudes, mudanças na sua forma de pensar, sentir e agir, e assim se relacionar de maneiras mais saudáveis com as angústias da existência humana.
