A depressão pós-aborto é um problema de saúde mental que afeta algumas mulheres após um aborto. É caracterizada por sentimentos de tristeza, culpa, remorso, raiva, ansiedade e solidão.

Sendo assim, nesses casos, a mente da mulher fica abalada por não haver contato com o filho tão aguardado e a recuperação é difícil. No entanto, é comum surgir a dificuldade de lidar com a situação, principalmente quando o aborto é espontâneo e não planejado.

O impacto do aborto espontâneo na mulher grávida

A palavra aborto tem o significado de “descontinuação dolosa da prenhez, com ou sem expulsão do feto, da qual resulta a morte do nascituro”. Ele provoca impacto na personalidade da mulher, resultando em sentimentos fortes de culpa e tristeza, por isso, é fundamental tomar alguns cuidados após o aborto.

A perda gestacional pode levar a sentimentos de tristeza, choque, raiva, culpa e confusão. A mulher pode sentir-se como se tivesse perdido algo que era parte dela, bem como uma sensação de vazio ou desespero. Ela pode ter dificuldades em lidar com a perda e se sentir isolada, com dificuldade em se comunicar com outras pessoas.

As dores após aborto, sejam elas de qualquer esfera, merecem atenção, pois a paciente pode passar pelo penoso processo de aceitação em silêncio, e, muitas vezes, como consequência, não conseguirá superar essa fase.

A expectativa em ser mãe

A expectativa em ser mãe traz uma emoção inexplicável. Saber que você pode gerar e ajudar a construir uma vida é algo que nenhuma palavra consegue descrever. No entanto, desde o primeiro mês, ou desde que se descobre a gravidez, nasce um turbilhão de sentimentos: medo, ansiedade, alegria e questionamentos. 

Dentre os sentimentos mais pertinentes, a preocupação médica é o fator primordial junto ao acompanhamento do pré-natal e da saúde do bebê. A curiosidade cresce e acima de tudo o psicológico de ansiedade da nova mamãe para ter seu filho.

Além disso, a cada dia o corpo sofre mudanças e fica extremamente sensível. Novos comportamentos e vontades são desenvolvidos e é preciso aprender a conviver com eles. Contudo, a gravidez significa que a mulher não vive mais somente por ela. Inicia-se assim, uma grande jornada de afeto e carinho com a vida que está para chegar.

O sonho interrompido

Algo não parece muito bem, e acontece o que ninguém esperava: o aborto! O efeito causado por esse fato não depende do período gestacional, e sim da espera e ligação sentimental da mãe com o futuro filho. 

O aborto é o começo de vários e sérios problemas psicológicos. Entretanto, a mãe às vezes assume para si um papel de assassina do seu próprio filho, o que gera um turbilhão de fortes sentimentos de extrema dor, angústia, medo, raiva, tristeza e culpa. 

Quando um aborto espontâneo acontece, Inicia-se então, o questionamento do porquê aquilo aconteceu. Desta forma, um excesso de tristeza toma conta do corpo por não crer que de fato a situação ocorreu.

Sintomas pós-aborto

Na maioria dos casos, as mulheres costumam apresentar sintomas de depressão e ansiedade e o período de luto pode variar dependendo das condições psicológicas de cada pessoa.

Os sintomas após aborto que serão listados abaixo são comuns em um período de pós perda gestacional e aceitação, mas não devem persistir. Como não há uma forma de prever quanto tempo irá durar, o essencial é buscar por auxílio psicológico no momento em que se passa pelo trauma.

Mudanças no comportamento

  • Momentos de choro;
  • Isolamento;
  • Inquietação;
  • Cansaço sem explicação.

Manifestações emocionais

  • Sentimento de desamparo;
  • Desespero;
  • Culpa;
  • Nervosismo;
  • Ansiedade;
  • Solidão;
  • Tristeza;
  • Apatia.

Alterações físicas

  • Insônia;
  • Falta de apetite;
  • Uma grande frequência de queixas.

Alterações cognitivas

  • Problemas na memória;
  • Problemas com a autoestima;
  • Não conseguir se concentrar;
  • Alucinações visuais ou auditivas com crianças.

Buscando ajuda e se recuperando

Devido aos impactos apontados acima, reafirmamos a importância da mulher receber um tratamento psicológico quando se depara com esse tipo de situação.Visto que muitas mulheres acabam tendo depressão pós-aborto, a figura do psicólogo é fundamental para tratar dos transtornos que surgem por conta do ocorrido.

Para as mulheres, é preciso se permitir receber ajuda e viver a cada momento do luto, pois só isso irá facilitar a superação. A mulher que não passa pela angústia não consegue seguir, e futuramente pode não ter o desejo de outro filho.

Para as pessoas que convivem com a mãe, ouça ela e converse sobre o assunto. Evite dizer frases do tipo “foi melhor assim”, porque a mulher que passa por isso não irá entender o seu posicionamento e ficará magoada. 

Tratamento psicológico para depressão pós-aborto

Seja para ajudar na depressão pós-aborto ou para entender a situação real de uma gravidez após um aborto, falar sobre o tema com um profissional torna o tema mais real. Sendo assim, é possível reestruturar o modo em que a pessoa vivia antes e se recuperar diante das adversidades.

Para esse tipo de acontecimento, falar e ser ouvido é o melhor remédio. Reprimir sentimentos e posicionamentos não irá ajudar em nenhum ponto na recuperação. O aborto é um assunto muito delicado que traz desconforto psicológico. É algo inesperado que, consequentemente, evolui os sentimentos negativos e precisa de atenção.

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