A Síndrome do Pânico pode deixar o indivíduo acometido em um estado constante de angústia e medo. Logo, na maioria das vezes, ela aparece sorrateiramente. Para quem sofre com esta condição, é importante a compreensão das pessoas ao redor. No entanto, um funcionário com síndrome do pânico pode precisar de uma atenção especial da gestão empresarial.

O coração acelera, o corpo parece formigar e a respiração fica difícil. Muitas vezes, o hospital surge como destino óbvio. Deste modo, é comum achar que os sintomas físicos são devidos a alguma doença mas, ao realizar exames, acaba se descobrindo que na verdade é ansiedade.

“O que está acontecendo comigo?”. “Quando vou ter isso de novo?”. “Como posso evitar que ocorra novamente?”. Esses e vários outros pensamentos surgem e, nesse ponto, começa a aparecer o medo do medo.

O que é a Síndrome do Pânico?

A síndrome ou transtorno do pânico é uma condição associada a crises repentinas de ansiedade aguda, marcada por muito medo e desespero, além da presença de sintomas físicos e emocionais. 

Portanto, é uma doença psiquiátrica caracterizada pela ocorrência súbita e inesperada de crises de ansiedade, que atingem sua intensidade máxima em até 10 minutos. Sendo asim, nesses casos, sintomas psicossomáticos surgem fortemente, misturando a angústia com desconfortos físicos de diversos tipos.

Um funcionário com Síndrome do Pânico pode apresentar:

  • Falta de ar;
  • Suor excessivo;
  • Sensação de desmaio;
  • Vômito;
  • Náuseas;
  • Formigamento;
  • Arritmia Cardíaca;
  • Insônia e grande cansaço ao trabalhar;
  • Enxaqueca;
  • Crises de choro e desespero.

O papel das empresas

Os pacientes com síndrome do pânico têm as maiores taxas de absenteísmo no trabalho e de queda de produtividade. Logo, somado às comorbidades, esse cenário aumenta a necessidade do uso de convênios ou de serviços públicos. Isso sem contar nos custos de procedimentos, testes laboratoriais e exames de imagem.

Nesse conjunto exposto, a atuação das empresas tem uma característica de impacto social, que pode ser determinante na saúde de seus funcionários. Elas podem atuar de forma a criar efetiva acessibilidade aos tratamentos preventivos ou curativos, e provocar a aderência dos mesmos, através de processos educativos e elucidativos sobre as doenças, de forma geral.

Essa postura ética-humana resultará, com certeza, em uma relação de custo-efetividade positiva. Entretanto, essa atitude pode ser uma inovação desafiadora na vida das pessoas que trabalham em empresas, produzindo um novo paradigma em saúde corporativa com qualidade, gerando resultados socioeconômicos para ambos os lados em benefício mútuo.

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Como uma cultura centrada no bem-estar impacta positivamente?

São ações conjuntas, multidimensionais, inovadoras e de grande impacto social que produzem resultados duradouros. Uma cultura centrada no bem-estar do funcionário promove menores taxas de recaídas e melhoria do clima interpessoal e organizacional.

As empresas modernas de nossa sociedade, que querem impactar verdadeiramente na vida de seus funcionários, protagonizam a prevenção e a humanização do ato de cuidar. Dessa forma, os efeitos produzem mudanças positivas e resultados efetivos.

Em pesquisa realizada pelo Person, 71% dos brasileiros dizem querer que as empresas adotem programas de saúde emocional. Contudo, não podemos perder de vista que os adoecimentos são inúmeros e aparecem, numa grande proporção, nas empresas, fazendo-se imprescindível que providências sejam tomadas.

O funcionário com Síndrome do Pânico

Um funcionário com Síndrome do Pânico precisa de um diagnóstico inicial. Isso pois, a partir da certeza do transtorno, os tratamentos adequados poderão ser iniciados para a diminuição dos sintomas e a retomada da vida normal.

O diagnóstico é fundamental para impedir que novas crises se avolumem e fiquem adensadas. Afinal, caso elas ocorram, podem provocar o afastamento do ambiente de trabalho e enorme sofrimento no indivíduo e seus familiares.

Aliás, a ausência ou demora do tratamento adequado podem aumentar a ideação de comportamento suicida e o índice de depressão e ansiedade, o que causa enormes impactos sociais, familiares, laborais e econômicos.

Como é o tratamento?

O tratamento para a Síndrome do Pânico baseia-se, principalmente, na tranquilização do paciente mediante informações consistentes. Deve-se reforçar o caráter passageiro das crises, evitando o desespero. É importante instruir o paciente a respirar lentamente pelo nariz, e não pela boca, de forma pausada, para não provocar hiperventilação.

Técnicas de relaxamento podem ser utilizadas e ainda, em crises muito intensas, de tempo prolongado e recorrentes, recomenda-se a introdução de medicação, como o uso de antidepressivos e ansiolíticos. No entanto, o tratamento precoce é essencial para reduzir o sofrimento e evitar comorbidades.

A psicoterapia é fundamental enquanto tratamento. Processos psicoeducativos, palestras informativas, reestruturação cognitiva e estimulação ao enfrentamento são as melhores formas de tratar a síndrome do pânico, principalmente no trabalho.

Como a Telavita pode te ajudar

Sabendo da importância de promover um ambiente corporativo saudável, criamos o Programa de Saúde Emocional (PSE). O projeto visa auxiliar as empresas para o caminho de uma cultura organizacional centrada no bem-estar do funcionário.O PSE oferece às empresas um mapeamento completo de como está a saúde emocional dos colaboradores e ainda, oferece a solução exata para o problema: a psicoterapia. Dessa forma, são dezenas de psicólogos disponibilizados para atender a sua equipe da melhor forma possível.

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Psicóloga formada em 1982, me especializei em Psicoterapia Breve e Psicologia Hospitalar, tendo feito mestrado em Psicologia da Saúde. Toda minha vida profissional foi fundamentada numa postura ética humana, tendo trabalhado como psicoterapeuta (analítica dinâmica) em meu consultório, psicologia oncológica e psicologia hospitalar (UTI de adultos - politrauma, cardiologia e neurologia), sala de Emergência (atendendo tentativas de suicídio por intoxicação e dependência química) e também atuado como professora de Psicologia Educacional, em escolas estaduais no início de carreira, nas Faculdades Oswaldo Cruz (curso de especialização em Oncologia) e na UNICID (matéria de toxicologia clínica na Faculdade de Medicina e Psicologia Forense na Faculdade de Direito). No hospital fui Chefe da clínica de Psicologia Hospitalar (por três anos) e na clínica de oncologia coordenei a equipe multiprofissional. Atualmente atendo clinicamente, e desenvolvo um trabalho de mentoria.

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