Última atualização em 24 de abril de 2024

Sensação de morte, tremores e palpitações estão entre os sintomas do transtorno.

Existem diversas doenças psicológicas as quais estamos suscetíveis, desde surtos de ansiedade, depressão e também a famosa síndrome do pânico, que afeta o dia a dia do indivíduo completamente com quadros de crises de medo e pavor. Em alguns casos a síndrome do pânico é tão forte que a pessoa não consegue mais realizar simples atividades cotidianas, ou até mesmo sair de casa. Assim, ela fica presa em seus medos não só de forma física como também mentalmente.

Por isso é preciso explicar o que é a síndrome do pânico e quais são seus sintomas, pois desta maneira, tendo a completa visão das condições impostas por essa doença, podemos alertar melhor quem a possui a procurar um bom profissional e realizar testes e exercícios para melhorar seu quadro psicológico.

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O que é Síndrome do Pânico?

Existem diversas maneiras da síndrome do pânico se manifestar, mas geralmente são crises e transtornos de ansiedade inesperadas, no qual o indivíduo possui um desespero e medo intenso. Ele acha que a qualquer minuto algo ruim pode acontecer, mesmo que não exista perigo ou motivo para tais sentimentos.

Assim, a pessoa que possui essa síndrome, sofre por um pânico agudo em repetidas crises, alimentado por um medo exponencial de algo acontecer inesperadamente. Essas crises também possuem preocupações, isto é, a pessoa que sofre tem muito receio de ter novos ataques e consequentemente toda sua rotina do dia a dia é influenciada.

Há o receio consciente do medo tirar o controle de sua própria vida, de enlouquecer ou até mesmo ter um ataque do coração causado pelo transtorno. O abuso do álcool e drogas é uma das maneiras que as pessoas portadoras do transtorno encontram a fim de tentar controlar esse sentimento de perda de controle.

Ainda não se sabe exatamente por que acontece a síndrome do panico, mas diversos fatores podem desencadeá-la, como:

  • estresse;
  • ansiedade;
  • genética;
  • temperamento forte;
  • traumas, entre outros.

Sintomas da Síndrome do Pânico

Os ataques acontecem sem aviso prévio, e também em qualquer período do dia ou situação. E é por esse motivo que muitas pessoas que enfrentam os sintomas possuem medo de, enquanto estarem em público, como dirigindo, em meio a uma reunião de trabalho, entre outras situações, a síndrome ataca-la, causando constrangimento.

Vale ressaltar que uma crise dura cerca de 10 a 20 minutos mas em alguns casos, pode ser até por horas.

Dentre os sintomas psicológicos da síndrome do pânico estão:

  • sensação de morte;
  • sensação de perigo;
  • medo de perder o controle;
  • medo de uma tragédia;
  • sentimentos desesperadores;
  • apatia e indiferença;
  • sensações de estar fora da realidade.

Também podemos identificar os sintomas físicos da síndrome do pânico:

  • formigamento nas mãos, rosto e pés;
  • palpitação;
  • tremores;
  • palpebra dos olhos tremendo;
  • dificuldade para respirar;
  • calafrios;
  • ondas de calor;
  • náuseas;
  • dores abdominais, no peito e na cabeça;
  • tontura;
  • desmaio;
  • sudorese;
  • sensação de garganta fechada.

Lembrando que não é em todo o ataque que necessariamente esses sintomas aparecerão.

Síndrome do Pânico e Agorafobia

A Agorafobia é o sentimento de ansiedade acerca de situações e/ou lugares sufocantes em que o indivíduo se vê preso e sem possibilidades de escapar, como um metrô lotado, um jogo de futebol no estádio, etc. A Síndrome do Pânico é muito atrelada à agorafobia, já que mais da metade das pessoas que possui uma, também tem a outra.

Outras fobias específicas podem aparecer na vida do indivíduo com o transtorno. 

Fatores de Risco

O Transtorno de Pânico tende a aparecer entre os 20 e 30 anos, o final da adolescência e início da vida adulta, respectivamente, e é duas vezes mais comum em mulheres. Ainda não há uma explicação dos motivos de o sexo feminino ser mais suscetível ao quadro, mas o estresse, jornada dupla, pressões, em geral, fatores sociais, podem ajudar a explicar.

Segundo entrevista cedida ao Hospital Israelita Albert Einstein , a psiquiatra Ana Luiza Lourenço Simões Camargo, comenta: “Alguns casos no sexo masculino podem ser subdiagnosticados pelos homens buscarem menos auxílio”. De acordo com a pesquisa estadunidense National Comorbidity Survey (NCS), 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e somente 29%, homens.

Fatores como genética, experiências traumáticas, histórico de abuso sexual ou mudanças drásticas de estilo de vida podem ser o gatilho para o transtorno.

Tipos da Síndrome do Pânico

Embora não exista uma definição concreta dos subtipos do transtorno, alguns pesquisadores propuseram a seguinte divisão baseada nos critérios abaixo:

  •  apresentação sintomática do ataque: tipo cardiorrespiratório,
    autonômico/somático, cognitivo;
  •  período do dia em que a crise ocorre: diurno, noturno;
  • faixa etária em que se inicia: precoce e
    tardio;
  •  curso: limitado, crônico.

Por tal razão, alguns psicólogos utilizam termos como “síndrome do pânico noturno”, “síndrome do pânico cardiorrespiratório”, etc.

Diagnóstico da Síndrome do Pânico

O Transtorno do Pânico (TP) é  classificado dentro do grupo de transtornos de ansiedade. O diagnóstico é realizado pelo médico através de exames clínicos físicos e também de uma análise psicológica, onde o psiquiatra identifica as causas e gatilhos do quadro e encaminha o tratamento adequado para cada paciente.

Tratamento da Síndrome do Pânico

As consequências da síndrome do pânico na vida da pessoa que sofre do transtorno são profundas e paralisantes. O objetivo do tratamento é justamente frear as crises e diminuir sua intensidade com base nos fatores que desencadeiam as crises.

A primeira fonte geralmente é a psicoterapia. Nela, o médico psiquiatra analisa as causas e direciona as técnicas terapêuticas direcionadas ao caso particular do indivíduo. 

Outro método bastante utilizado no tratamento do transtorno do pânico é a classe dos medicamentos. Os mais indicados são os antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, o neurotransmissor regulador do humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, entre outras funções.

Síndrome do Pânico tem cura?

Nos termos psiquiátricos, diz-se em “remissão de sintomas” mais do que “cura”. O tratamento do transtorno apresenta bons resultados na maioria dos casos e pode ser finalizado em poucas semanas. Mas, é claro, existem casos em que o tratamento é mais longo e, por vezes, as sessões de psicoterapia devem ser frequentes e mantidas ao longo da vida., assim como o uso de medicamentos. 

Buscando ajuda psicológica

É muito importante buscar um profissional que entenda o que está acontecendo, mas que principalmente possa passar as melhores técnicas para amenizar os ataques. Mas, afinal, qual médico procurar para tratar da síndrome do pânico? Os médicos psiquiatras e psicólogos são os primeiros a serem contatados. 

É possível que o médico pergunte quais são os sintomas do transtorno, quando começou, qual a frequência, e se é evitado contatos sociais, entre outros pontos de relevância.

O importante é que a pessoa entenda que de maneira alguma é vergonhoso procurar ajuda, pois só ela será realmente válida para conseguir amenizar os medos que são gatilhos das crises.

Síndrome do Pânico: Como ajudar quem tem?

A convivência com alguém que possui o transtorno não é fácil. As crises acontecem sem aviso e podem ser assustadoras. Mas o que fazer durante a crise de síndrome do pânico? Primeiro, tente reduzir o máximo de ansiedade que a situação oferece, dando suporte e calma. É importante evitar frases que banalizem a condição ou que diminuam os sintomas que a pessoa sofre, como “é só uma crise”, “está tudo bem”. 

Caso não consiga lidar com a crise, procure um especialista na hora!

Consequências e Complicações

Lidar com o transtorno não é fácil, afinal as crises não tem hora pra acontecer. As consequências delas na vida do indivíduo são severas e podem desenvolver doenças como depressão, fobias específicas e vício em álcool e drogas. Em casos mais graves, o suicídio é a saída encontrada por quem sofre do transtorno. Fique atento aos sinais!

Além disso, quem sofre do transtorno tem instabilidade no trabalho, pois tendem a ser menos produtivas e, consequentemente, a ficarem desempregadas. As relações interpessoais tais quais amizade, relacionamentos e casamentos também são prejudicadas, já que lidar com o problema é difícil e nem todo mundo sabe como o fazer.

Por isso, caso tenha alguém querido sofrendo do transtorno, pesquise como ajudá-lo ao invés de se afastar. A síndrome do pânico tem tratamento!

 

Síndrome do Pânico e os Famosos

O padre Fabio de Melo descreveu o transtorno que o acometeu  como: “Sensação de morte, tristeza profunda e medo de tudo”. Além do religioso, muitas outras celebridades têm ou já tiveram o transtorno. 

  • Gisele Bündchen
  • Cléo Pires
  • Madonna
  • Oprah Winfrey 
  • Barbra Streisand
  • Belo
  • Lucas Lucco
  • Amanda Seyfried
  • Lena Dunham
  •  John Mayer 
  • Emma Stone
  • Thammy Miranda
  • Deborah Blando
  • Monique Evans

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