Transtorno mental e o Ursinho Pooh foi o tema central da pesquisa canadense publicada pela Canadian Medical Association.

Christopher Robin era um garoto que, como a maioria da sua idade, tinha muitos bichinhos de pelúcia. Juntos, eles brincam num mundo maravilhoso de faz-de-contas. É assim que o personagem principal da obra de A.A Mile é descrito em “As Aventuras do Ursinho Pooh” (1977). O autor deu o nome do próprio filho, Christopher Robin, ao único personagem humano das clássicas histórias do menino e de seus amigos animais, moradores do Bosque dos Cem Acres. 

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Segundo um estudo publicado pelo Canadian Medical Association, acredita-se que as personagens das histórias infantis do Ursinho Pooh possuam muitos traços de transtornos psicológicos. 

Christopher Robin

O modo como o garoto é descrito pode dar pistas de uma imaginação muito vívida, afinal, foi dela que o universo de Pooh nasceu. Seus bichinhos de pelúcia ganham vida e moram no fantástico Bosque dos 100 Acres e, Chistopher, o único humano, conversa e vive grandes aventuras com eles.

O estudo canadense sugere que Christopher, ou Cristóvão, na tradução para o português, não mostrou nenhuma condição diagnosticada, mas isso não elimina a existência de alguns problemas. A falta de supervisão familiar é vista através do fato de que o garoto fala com seus animais de pelúcia, denunciando carência afetiva e social com os pais e outras figuras humanas.

A pesquisa ainda observa que Cristóvão possui problemas em sua própria identificação de gênero, e isso pode ser evidenciado através do nome que deu para o seu bichinho de pelúcia Pooh. Há quem acredite que Winnie-the-Pooh é um nome que serve tanto para o gênero feminino quanto para o masculino, ou ainda que o ursinho seja, de fato, do sexo feminino.

Embora a pesquisa canadense não tenha mencionado o fato, a figura de Christopher Robin é bastante associada com o comportamento de esquizofrenia, por se afastar da realidade,  falar com os bichinhos de pelúcia e viver em seu próprio universo. 

Pooh

O protagonista da obra, segundo os pesquisadores canadenses, tem a presença simultânea de duas ou mais doenças, o que nos termos médicos se chama comorbidade.

O mais claro dos problemas psicológicos no ursinho seria o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A falta de foco, esquecimentos frequentes, desatenção com os fatos que acontecem ao redor e os  pensamentos aleatórios, dispersos e desconexos são alguns sinais do TDAH.

Outro distúrbio presente em Pooh é o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). O protagonista está sempre pensando em mel e não se cansa até consegui-lo.  A pesquisa canadense também reflete a possível existência da Síndrome do bebê sacudido (SBS) ou Trauma craniano violento pediátrico (TCV) devido às pancadas na cabeça que sofreu durante uma queda da escada relatada na obra.

Bisonho (Ió)

O ser mais pessimista e deprimido do Bosque dos Cem Acres com certeza é o Bisonho, ou, como também é conhecido, Ió. O burrinho vive se queixando da vida e tem zero confiança em si mesmo. Sua pouca autoestima é sempre evidenciada na sua fala mansa e tristonha. Na psicologia, esses sinais são típicos da depressão.

Leitão

O porquinho, amigo de Pooh, está sempre pilhado, preocupado e angustiado com tudo o que acontece na vida – e o que ainda não aconteceu também. Ele se assusta com os barulhos da floresta e vive sob estresse ansiedade, o que causa até gagueira no coitado. Esses traços são comuns em quem sofre de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Por ser muito inseguro, medroso e estar sempre sofrendo pelo futuro, Leitão não tem uma autoestima muito boa. Assim como Pooh, por decorrência de seus transtornos, a autoestima é afetada de modo negativo.

Tigrão

Sempre pulando de lá pra cá, o tigre laranja não suporta ficar parado e se mete onde não é chamado. Até mesmo a sua fala é acelerada e não presta muita atenção no que os outros dizem justamente por pensar muito rápido e de forma desordenada. Tigrão sofre de Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDA).

Corujão

A sabedoria de Corujão é inquestionável. Ele é sempre procurado para dar conselhos e é muito inteligente, o que não o impede de também possuir dislexia, afinal, ela não depende de QI.  Sua dificuldade com a ortografia e leitura são frequentemente observadas nas palavras que escreve sempre faltando letras ou com ordem inversa.

A coruja também esquece as coisas com muita facilidade, caracterizando perda de memória recente.

Abel

O coelho perfeccionista do bosque sente necessidade de ter tudo devidamente organizado. Ele investe a sua energia e pensamentos na criação de listas, ordenando espaços e fazendo contas. Esse personagem um pouco estressado sofre de Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

 

Can e Guru

A mamãe canguru é bem superprotetora, o que pode dificultar a vida do seu pequeno filhinho, Guru. Mas ela tem motivos de ser assim, afinal Guru está sempre em outro mundo, se colocando em perigos e tem Tigrão, o maior causador de problemas, como amigo. Embora o estudo canadense não tenha diagnosticado nenhuma doença nos dois cangurus, eles podem desenvolver algum tipo de transtorno se não se cuidarem!

 A maior beleza da arte é que ela imita a vida. E, com o estudo, a arte ganhou pinceladas da ciência. É claro que a obra Ursinho Pooh pode não ter sido pensada para refletir transtornos mentais, mas que faz sentido, faz, não?

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